Blairo Maggi só começará a mudar secretários depois do Carnaval
O governador considerou como “forsação de barra” as informações de que o secretário Carlos Brito, de Justiça e Segurança Pública, estaria em um eventual “pacote” de mudanças que ele faria no secretariado. Pior: de que haveria descontentamento dele, Maggi, com a atuação do auxiliar. Os números da violência em 2007, divulgados na semana passada, mostram que, apesar de todos os problemas, houve redução da criminalidade no maior centro urbano do Estado, que é a Grande Cuiabá.
Em maio, Maggi se “internou” por dois dias no Pantanal com seus secretários para avaliação e estudos. Na ocasião, a Segurança Pública, aliás, foi o segmento que mais colheu preocupações por parte do Governo. “A cada dia aumenta mais a criminalidade. Estamos procurando resolver esta questão, com trabalho de esclarecimento e, principalmente de prevenção. Precisamos contratar mais profissionais, realizar concursos, mas isso demanda tempo e recursos financeiros. Estamos fazendo o que podemos para conter esta onda de violência. E ela só não é maior graças ao excelente nível de nossas policias que agem com rapidez no combate” – dizia.
A disposição de manter seu secretariado pelo menos até o Carnaval é tamanha que até mesmo Luís Henrique Daldegan, secretário de Meio Ambiente, cuja gestão e competência para o cargo foram duramente criticadas durante a CPI da Sema, montada pela Assembléia Legislativa, permanece no primeiro escalão.
Por prospecção, três auxliares devem deixar o Governo então logo após o Carnaval. O primeiro será o secretário de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, que deixa o posto para disputar a eleição a prefeito de Barão de Melgaço. Outro nome que sai para as eleições municipais é de Baiano Filho, secretário de Esportes e Lazer, que sempre ensaia ser candidato a prefeito em Sinop. Alexandre Furlan, secretário de Indústria, Comércio e Mineração, e outro que vem constantemente anunciando que deixará o Governo, mas por motivos particulares.
Maggi deverá promover ainda a efetivação de um nome na Secretaria de Fazenda, vaga aberta com a ida de Waldir Teis para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado no final do ano. A princípio o nome mais cotado é o de Eder Moraes, presidente da MT Fomento – que estaria já de sobreaviso. A pasta é inegociável politicamente. O que o governador está avaliando são as necessidades. Especialmente o trabalho de Moraes como “negociador” do pacote da dívida do Estado com instituições financeiras privadas internacionais. Também está de sobreaviso o economista Moisés Sachetti, ex-presidente do DETRAN, que está na Secretaria Especial do governador.
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