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Politica Brasil
Segunda - 07 de Janeiro de 2008 às 08:10
Por: Juliana Scardua

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Mato Grosso vai receber cerca de R$ 460 milhões em investimentos do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) em 2008. O diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Pagot, atesta que o volume é o maior na história do Estado. Como o órgão é responsável pelas rodovias federais, a maior fatia do dinheiro deverá ser empregada principalmente na reforma e pavimentação de estradas.

A fatia regional está inserida no montante nacional de R$ 12 bilhões em investimentos programados para este ano, o que equivale a 3,83% do total previsto para o Brasil. De acordo com Pagot, ao menos R$ 10,7 bilhões já estão assegurados e empenhados, o que afasta riscos de grandes cortes em decorrência do impacto da extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) sobre a arrecadação federal.

Pagot começa 2008 com a meta central de “sacudir” o órgão lotado em Brasília e as superintendências regionais, entre elas Mato Grosso. Após três meses à frente da autarquia, Pagot é taxativo ao declara que em vários pontos se deparou com o “caos” na administração do Dnit.

A lista de deficiências descritas pelo diretor é encabeçada pela falta de projetos constatada em várias unidades regionais. Entre os casos mais gritantes está justamente Mato Grosso, Estado nada menos conhecido pela bandeira por obras de infra-estrutura diante de gargalos logísticos que se contrastam com a megaprodução agrícola, principalmente soja e algodão.

Ele chama a atenção ao fato da gama de projetos prontos existentes na unidade regional sequer fazer frente ao aporte de investimentos pretendido pelo governo federal, como no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Pagot define a lacuna em projetos como um “contra-senso total”. “Não podemos mais aceitar isso. Temos que recuperar essa capacidade, essa atribuição, em nossa superintendência de Mato Grosso em várias unidades do Dnit. Sei também que temos que dotá-las dos meios adequados para isso”, avalia o diretor.

Ele também ressalta na lista de pontos negativos o processo de descentralização não concluído no órgão. Ele afirma que a implantação do novo sistema de gestão, com mais atribuições sobre as superintendências, parou na própria fase inicial e agora será retomado este ano. Pagot avalia a ferramenta da delegação de mais serviços às regionais como crucial ao bom funcionamento do Dnit.

“Os próprios superintendente têm que assumir mais trabalho. Não há como controlar tudo com a eficiência que se exige de Brasília. Vamos fazer concluir esse processo, dando a estrutura necessária para que trabalhem e depois possamos cobrar resultados”.

Ele admite que a falta de pessoal e de uma renovação em equipamentos em geral limita as atividades hoje. No “choque de gestão” vislumbrado por Pagot, ele afirma que as prioridades administrativas para 2008 serão investimentos em tecnologia, no aparato técnico e na contratação de novos servidores. Neste último campo, o Dnit trabalha com uma demanda junto ao governo federal de realização de dois novos concursos públicos, um deles para o provimento de 500 vagas de engenheiros para todo o país.

A atual estrutura de pessoal do Dnit conta com 3,055 mil funcionários de carreira e outros 1,5 mil funcionários terceirizados pulverizados na central do órgão, em Brasília, e nas 22 superintendências espalhadas em unidades da Federação.

Nas alterações programadas por Pagot para dinamizar o Dnit também está a lotação de funcionários de carreira em cargos de chefia por todo o órgão. Ele define que o objetivo é valorizar a “prata da casa” nos cargos estratégicos, priorizando a experiência na empreitada pela intensificação dos trabalhos na autarquia federal.





Fonte: Diário de Cuiabá

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