Furlan deixa a Indústria e defende Bedin à vaga

O governador Blairo Maggi retornou a Cuiabá, após oito dias de folga no Balneário Camboriú (SC), e esta semana já deve comunicar oficialmente a exoneração do primeiro escalão do secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan. No governo Maggi desde janeiro de 2003, o próprio Furlan desconfiou que está levando a pasta "com a barriga". Pediu para sair. Ele só permanece até 1º de fevereiro, quando vence o seu período de férias.

Furlan integra a diretoria da Confederação Nacional da Indústria e tem dividido a agenda entre compromissos particulares de sua empresa, atividades em Brasília como membro da CNI e atuação como secretário, pelo qual recebe R$ 11,3 mil mensais. Essa rotina de mais ausência do que presença na secretaria levou alguns deputados a cobrarem a queda de Furlan desde meados do ano passado. Entendem que a gestão da indústria da máquina estatal precisa de um choque de gestão.

Maggi estuda o nome de Pedro Nadaf para a vaga de Furlan. Nesse caso, tiraria Nadaf da pasta do Desenvolvimento do Turismo, que, por sua vez, passaria a ter como secretário Moisés Sachetti, ex-presidente do Detran e atual assessor especial do governador. Outra solução caseira não descartada pelo governador seria efetivar o ex-prefeito de Cuiabá, Rodrigues Palma, adjunto e que desde o último dia 2 responde, pela segunda vez, pela pasta da Indústria porque Furlan está de férias.

Já Furlan defende nos bastidores o nome do empresário Chicão Bedin para sucedê-lo. Bedin, do Sindicato das Indústrias Madeireiras no Nortão (Sindusmad), é de Sorriso e em 2004 concorreu a prefeito pelo PMDB. Perdeu para o hoje prefeito Dilceu Rossato (PR) por uma pequena diferença. Um grupo de industriais ligados a Fiemt se mobiliza para tentar emplacar no comando da pasta Piero Vincenzo Parine, do Sindalcool-MT. Outro que também corre por fora é o empresário Jairo Mioto. Em meio a tantas articulações, o cenário aponta hoje para uma maior chance de escolha do nome de Pedro Nadaf, apoiado pelos segmentos do comércio.

Outras pastas

Em meio a essa engrenagem, o governador ainda definirá o novo secretário de Fazenda. As articulações apontam para o nome do executivo Éder de Moraes, presidente da MT Fomento. O secretário de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, sai do staff no final deste mês. Sua vaga é disputada pelo PP e pelo PT. Entre os nomes mais cotados está o do professor universitário e militante do PT, Fabrício Carvalho, maestro da orquestra da UFMT. Outro que tende a deixara o staff é o secretário de Ciências e Tecnologia, Chico Daltro (PP). Ele é o primeiro suplente do deputado federal Pedro Henry, que está com mandato cassado.