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Politica Brasil
Quinta - 03 de Janeiro de 2008 às 08:06
Por: Juliana Scardua

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O PMDB de Mato Grosso aguarda a definição da nova distribuição de cargos federais à cúpula nacional do partido para reivindicar a indicação a um dos cargos federais no organograma do Estado. A legenda cobra a definição de 15 vagas federais nas unidades da Federação. As conversações entre peemedebistas e interlocutores do Palácio do Planalto prometem ser retomadas na semana que vem.

O PMDB de Mato Grosso conta hoje com dois representantes escalados em cargos federais: Totó Parente, que ocupa a Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste, com sede em Brasília e vinculada ao Ministério da Integração Nacional; e Marco Antonio Stangherlin, coordenador da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Mato Grosso.

As conjecturas são de que os dois cargos considerados de peso, especialmente o de Totó, reduzem as chances de Mato Grosso arrebanhar uma das futuras opções articuladas pela Executiva Nacional do partido. A leitura é de que ao Estado o caminho mais viável seria o de indicações a postos regionais ligados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e ao Ministério de Minas e Energia (MME), Pastas vinculadas ao PMDB.

O Mapa é liderado pelo ministro Reinhold Stephanes (PMDB-PR), ao passo que o MME é controlado interinamente por Nelson Hubner, após o afastamento do indicado do PMDB Silas Rondeau. Ele é um dos suspeitos de participação no esquema intitulado de Máfia das Obras, desbaratado na Operação Navalha.

A “fome” do PMDB Nacional por novas indicações desponta como a cobrança do cumprimento de acordos selados pelo presidente Lula junto ao partido e a outras siglas aliadas. A demora na execução teria sido um dos motivos para a “revolta” de representantes de legendas na tumultuada votação da Comissão Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Com a base de sustentação esfacelada e a forte pressão da oposição, o “imposto do cheque” foi extinto pelo Congresso Nacional no mês passado.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, declara que o Palácio do Planalto precisa se aproximar dos senadores, cuja via, em primeiro lugar, é o pagamento de promessas de cargos aos partidos. Para o PMDB, estariam pendentes a indicação do novo ministro de Minas e Energia, cargos de direção de estatais e os 15 postos federais em diferentes Estados.

O presidente do PMDB em Mato Grosso, Carlos Bezerra, posiciona por meio de assessores que o diretório regional aguarda a definição de quais cargos serão ofertados pelo governo federal. Na prática, a preocupação é saber qual será o novo espaço do partido no desenho nacional para num segundo momento analisar se Mato Grosso terá um quinhão nos novos cargos.

Ele lembra que o assunto vem sendo tratado institucionalmente entre líderes nacionais do PMDB e o Palácio do Planalto há semanas. Bezerra também informa que uma reunião já estava pré-agendada para o final de dezembro para discutir o assunto entre os presidentes dos diretórios de todo o país e a Executiva nacional da sigla, mas foi cancelada em função do período de festas e do recesso parlamentar.





Fonte: Diário de Cuiabá

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