Prefeitos trabalham pela reeleição

A maioria dos 141 prefeitos de Mato Grosso analisa a possibilidade de ser candidato à reeleição. Desse total, 38 não podem mais se recandidatar, já que foram reeleitos em 2004. Os outros 103 poderão disputar um novo mandato, mas até agora poucos admitem essa possibilidade.

"Só vou decidir no primeiro trimestre de 2008", diz o prefeito de Alto Garças, Cezalpino Mendes Júnior (PR), o Pitucha. A decisão de adiar o anúncio, segundo os prefeitos, é para evitar a antecipação da sucessão, o que prejudicaria os seus governos. "Se eu disser que sou candidato a reeleição, deflagro a sucessão e prejudico a minha administração", argumentou o prefeito de Primavera do Leste, Getúlio Viana (PR).

Nessa linha de raciocínio, o prefeito de Jangada, Dito Paulo (DEM), que é irmão do senador Jaime Campos, principal liderança democrata em Mato Grosso, diz que, o momento é de se construir a base em que irá disputar a eleição. "Estou avaliando a possibilidade de ser candidato a reeleição e conversando com os partidos", informou.

"Não digo que sou candidato, porque ainda tenho algumas conversas para ser fechadas", ponderou. Na realidade, a maioria dos prefeitos hoje está desgastado perante o seu eleitorado e procuram "costurar" acordo político para, se possível, "pavimentar" a reeleição. Mas o desgaste tem alimentando o sonho da oposição nos municípios, especialmente de ex-prefeitos.

Em Feliz Natal, por exemplo, o ex-prefeito Antônio Domingos Debastiani (PSDB) é considerado o favorito num eventual confronto com o atual, Manuel Messias Sales (DEM), que o sucedeu com seu apoio. "Não sei se vou ser candidato a reeleição", desconversa Messias, que trocou o PSDB pelo DEM.

A mesma situação se repete em outros municípios como Poconé, onde o prefeito Clovis Damião Martins (DEM) derrotado facilmente pelo ex-prefeito Euclides Santos (PMDB), atual secretário de Infra-Estrutura de Cuiabá.