Dívida do governo atinge o menor nível desde 1998
Ele explicou que a queda desse indicador na comparação com outubro (43,2%) reflete a revisão do cálculo do PIB feita após a divulgação dos dados do terceiro trimestre e já inclui a projeção de crescimento da economia de 5,2% para 2007, como anunciado ontem no Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central.
Em outubro, a dívida estava em 43,2% do PIB, o equivalente a R$ 1,132 trilhão. Segundo o relatório divulgado pelo BC, o efeito da desvalorização cambial sobre os ativos indexados ao dólar ajudou nessa redução.
O BC observa ainda que a dívida caiu 2,1 pontos porcentuais no acumulado do ano.
"Contribuíram favoravelmente para essa redução o superávit primário, com 4,3 pontos porcentuais do PIB, e o efeito do crescimento do PIB valorizado, com 4,4 pp", diz o BC em nota.
O relatório mostra também que a dívida bruta do governo geral (governo federal, INSS e governos regionais) fechou novembro em R$ 1,704 trilhão, o correspondente a 64,4% do PIB. Em outubro, o indicador estava em R$ 1,678 trilhão, ou 64% do PIB.
Aperto fiscal
De janeiro a novembro, o setor público acumula superávit primário de R$ 113,387 bilhões, o equivalente a 4,87% do PIB. Esse é o melhor resultado para o período desde 1991.
De janeiro a novembro do ano passado, o superávit era de R$ 96,597 bilhões, o equivalente a 4,55% do PIB. No acumulado do ano, o governo central teve superávit de R$ 68,127 bilhões, os governos regionais, saldo positivo de R$ 30,638 bilhões, e as empresas estatais de R$ 14,622 bilhões.
Nos 12 meses encerrados em novembro, o setor público acumula superávit de R$ 106,934 bilhões, o equivalente a 4,22% do PIB. Até outubro, o superávit em 12 meses estava em 4,20% do PIB. O governo central acumula superávit de R$ 62,364 bilhões, os governos regionais, de R$ 28,625 bilhões, e as estatais, de R$ 15,945 bilhões.
O setor público registrou em novembro superávit primário de R$ 6,817 bilhões. Em outubro, o superávit foi de R$ 15,347 bilhões e em novembro de 2006, de R$ 5,605 bilhões.
No resultado de novembro, o governo central contribuiu com superávit de R$ 4,784 bilhões e os governos regionais, com saldo positivo de R$ 2,007 bilhões, sendo R$ 1,889 bilhão dos governos estaduais. As empresas estatais tiveram superávit de R$ 26 milhões.
As estatais federais deram uma contribuição positiva de R$ 167 milhões, enquanto as companhias estaduais tiveram déficit de R$ 169 milhões. As empresas municipais tiveram superávit de R$ 28 milhões.
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