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Politica Brasil
Quarta - 26 de Dezembro de 2007 às 20:24

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BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Tarso Genro, avisou hoje que o governo federal reforçará em 2008 sua política de combate à corrupção, ao crime organizado e às quadrilhas de fraudadores do dinheiro público. Neste ano, a PF realizou 188 operações especiais, 40 delas - mais de 20% - dedicadas ao combate à corrupção. Foram mandados para a cadeia 329 servidores públicos de todos os poderes, incluindo políticos de todos os partidos, magistrados e dirigentes do Executivo. "Outras operações virão", avisou.

Tarso deu a declaração ao apresentar o balanço das ações da PF em 2007. O ministro enfatizou que, por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será intensificada em 2008 a integração da PF com os diversos órgãos fiscais de defesa do Estado, do erário público e da economia popular, entre os quais a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e a Receita Federal. "Temos um objetivo: elevar ao grau máximo o saneamento do Estado, com o combate intenso ao crime organizado e à corrupção", disse. O ministro afirmou que o combate à corrupção tem efeito pedagógico e ajuda a derrubar o custo Brasil.

Conforme o balanço da PF, as investigações neste ano se concentraram também no combate à lavagem de dinheiro e fraudes em licitações, com 29 operações. Essas levaram à prisão 592 pessoas, a maioria empresários, contadores, advogados e empregados das empresas fraudadoras. Foram identificados mais de R$ 3 bilhões em recursos movimentados nessas fraudes.

O tráfico de drogas foi outra preocupação constante da PF, com 33 operações realizadas. Foram apreendidas 15 toneladas de cocaína, 173,7 toneladas de maconha e 209 mil comprimidos de ecstasy, dez vezes mais do que as apreensões do ano passado (19 mil comprimidos).

Genro disse que a PF começa agora uma nova etapa para consolidar os avanços obtidos na gestão anterior, mas com algumas correções de rumos para conter excessos, chamados ''pirotecnia''. "O presidente Lula me recomendou que a PF se transforme num fortim contra a corrupção, mas sem impor pena antecipada aos cidadãos. Por isso, teremos todo o cuidado com as operações, para não expor pessoas de maneira indevida", afirmou.

O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, presente à solenidade, disse que nessa nova etapa será adicionada uma atuação forte na Amazônia e na extensa fronteira seca do Brasil com dez países. Informou também que as ações estratégicas do órgão, como as de inteligência, serão descentralizadas para as 27 unidades regionais da PF nos Estados e no DF. "O número de operações deve crescer com essa descentralização, que vai multiplicar a nossa capacidade investigativa", observou.




Fonte: AE

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