Maggi recebe relatório da CPI só com sugestões

O governador Blairo Maggi recebe esta semana o relatório de 424 páginas em 10 capítulos da CPI da Sema, aprovado em plenário na sessão da última quinta. As investigações sobre a área ambiental, uma das mais problemáticas, complexas e que reúne uma série de denúncias de supostas irregularidades, resultaram em 85 recomendações. Foi um trabalho propositivo, como enfatizaram os membros da Comissão. Assim, o relatório, que poupou o governo, chega ao Palácio Paiaguás temperado e com gosto de pizza. Era tudo que Maggi esperava para saboreá-lo.

Nem mesmo as críticas dedicadas a Luís Henrique Daldegan e a outros do staff da secretaria de Meio Ambiente vão ser levadas a sério pelo governador. Afinal, ele já adiantou que não vai exonerar o secretário porque não vê no assessor ingerência ou ato que venha desabonar sua conduta.

Por cinco meses, a CPI investigou os motivos da morosidade na liberação de licenças e também falhas na gestão ambiental. Descobriu que, por causa dos passos de tartaruga da pasta, o Estado deixou de arrecadar em torno de R$ 1 bilhão somente no ano passado. No documento constam sugestões para melhorias na Sema como, por exemplo, reforma estrutural, descentralização da pasta, no sentido de permitir maior autonomia aos escritórios regionais, aumento do número de servidores, qualificação profissional e maior orçamento, além dos atuais R$ 53 milhões.

O governador foi informado sobre cada passo da CPI. Os deputados chegaram a antecipar a Maggi os principais itens que constariam no relatório final.