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Cultura
Segunda - 24 de Dezembro de 2007 às 13:14

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Ao iniciar oficialmente o desfile das escolas de samba de São Paulo, no próximo dia 1º de fevereiro, a Gaviões da Fiel cumprirá duas responsabilidades: reconquistar o posto de referência no Grupo Especial paulistano e trazer alegria à torcida corintiana após o rebaixamento do time no Campeonato Brasileiro de 2007.

De acordo com o presidente da escola alvinegra, Helbert Ferreira, as tarefas estão associadas: “Às vezes, a situação adversa desperta o gigante. Estamos acreditando nisso para jogar com o ego de cada um e motivar ainda mais a energia de toda a comunidade. Na Avenida, a tristeza vai ficar de lado para que possamos dar o primeiro título do ano aos corintianos”.

O enredo de 2008, que contará a história de Santana do Parnaíba através das expedições dos bandeirantes pelo País, também não escapa da intimidade com o futebol. Um dos refrões do samba, por exemplo, fala da “energia pioneira” que veio das terras desbravadas a partir de Santana. “Estamos importando essa energia de lá para trazer o Corinthians de volta à primeira divisão”, explica Fabinho do Cavaco, autor da composição.

Outros versos, segundo ele, também poderão servir na arquibancada: Vou viajar nessa paixão, vou mergulhar nessa história. Com amor e devoção, sou fiel, sou gavião.

Durante os ensaios da Gaviões, é comum que o samba-enredo se alterne com gritos de guerra frequentemente usados em dias de jogo. Os torcedores garantem que não há como não misturar as coisas e, agitados, empunham as bandeiras do time na certeza de que o Carnaval marcará o início de novos tempos.

As musas que se destacarão à frente da agremiação concordam e mantêm o tom motivado: “Depois da tempestade, vem o sol. Entraremos na Avenida mais fortes do que nunca”, garante a ex-BBB Sabrina Sato. “A escola virá com muito mais garra, pois assim daremos a felicidade que o time não deu. Vamos servir mais do que nunca de inspiração para os jogadores”, completa a rainha da bateria Lívia Andrade. Em seu oitavo desfile pela Gaviões da Fiel, Lívia até arrisca uma sugestão: “Acho que estou jogando melhor do que eles. Ganhando o que eles ganham, eu te juro que marcaria muitos gols”, brinca.

Acostumado e bem-sucedido quando o assunto é percussão, o roqueiro Japinha, baterista do CPM 22, pode estrear em nova categoria musical no ano que vem: o samba.

Convidado por algumas escolas para participar justamente da ala da bateria, Japinha optou pela Gaviões por um motivo óbvio: é corintiano desde pequeno e já foi, inclusive, há alguns anos, membro da torcida organizada alvinegra.

Embora a expectativa seja grande, sua estréia no Sambódromo ainda não está definida. A agenda da banda está apertada e Japinha é exigente consigo mesmo: “Só vou participar do desfile se conseguir freqüentar os ensaios. Quero fazer bem feito, não de qualquer jeito. Afinal, é um sonho tocar na bateria de uma escola de samba. Principalmente na minha escola do coração”, diz ele.





Fonte: Folha Online

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