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Cultura
Domingo - 23 de Dezembro de 2007 às 14:49

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ANGERS, França, 23 dez 2007 (AFP) - O escritor francês Julien Gracq morreu sábado aos 97 anos após sentir um mal-estar, anunciaram seus familiares neste domingo.

O autor de "Le Rivage des Syrtes" e de "Eaux Etroites" havia sido hospitalizado no início da semana depois de um mal-estar em sua casa de Saint-Florent-le-Vieil, no oeste da França, onde morava havia muitos anos, segundo as mesmas fontes.

Autor de 19 livros marcados de muito romantismo alemão, ficção e surrealismo, ele era considerado um dos maiores escritores franceses contemporâneos.

Nascido em 27 de julho de 1910 em Saint-Florent-le-Vieil, Julien Gracq, cujo nome verdadeiro era Louis Poirier, era professor de história e geografia e começou a escrever quando ensinava em colégios. Ele explicou ter escolhido o nome de Gracq por "simples motivos de ritmo e de sonoridade".

Seu primeiro livro, "Au château d'Argol", foi publicado em 1938.

Com uma perfeição no estilo beirando às vezes o preciosismo, ele foi romancista em "Un beau ténébreux" e "Un balcon en forêt", poeta em "Liberté grande" (1947), crítico em "Préférences" (1967)...Gracq também estigmatizou os costumes literários em "La littérature à l'estomac" (1950).

Homem secreto e avesso às distinções, ele recusou o prêmio Goncourt em 1951 por sua principal obra, "Le Rivage des Syrtes".

Julien Gracq não era o que se pode chamar de autor popular, mas era um escritor muito considerado e respeitado pelo público mais erudito.

Seu último livro, "Entretiens", foi publicado em 2002.




Fonte: AFP

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