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Politica Brasil
Sábado - 22 de Dezembro de 2007 às 19:02
Por: Simone Alves

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A senadora Serys Marly enfatizou neste sábado, ao entregar a presidência estadual do PT ao colega Carlos Abicalil que não deixou dívidas ao partido, a não ser aquelas herdadas do seu antecessor Alexandre Cesar. Nos dois anos em que conduziu a legenda Serys enfrentou crise. Foi investigada e depois absolvida no Congresso Nacional da acusação de envolvimento na máfia das sanguessugas e teve uma votação decepcionante para governadora, nas urnas do ano passado. Ficou em terceiro lugar.

Na presidência do PT, Serys não aceitou administrar as dívidas contraídas irregularmente pelo agora deputado estadual Alexandre Cesar, que montou uma estrutura milionária na campanha de 2004 na disputa para prefeito da Capital. Cesar deixou um rombo milionário no caixa do partido.

Como forma de prevenir eventuais excessos, Serys preferiu ler o discurso. Disse que assumiu a presidência do PT na pior das conjunturas. “Peguei um partido atrelado em dívidas. Isso não é lenga-lenga como dizem por aí”, declarou. Ela também lembrou o escândalo do mensalão e das sanguessugas, em que seu nome foi envolvido. “Lá (em âmbito federal) era o mensalão, aqui eram as dívidas, muitas delas ilegais, contraídas na eleição de 2004. Por todo lado gente fazendo pilhéria, tentando nos ridicularizar. Depois veio a trama dos sanguessugas, que me atingiu diretamente, visava também atingir o PT, sua história, destituir a sua credibilidade. Não bastasse isso, o partido e alguns de seus militantes apareceram na TV exibidos como aloprados, a trafegar com pacotes de dinheiro que seriam utilizados para a corrupção eleitoral”, continuou.

Enquanto transcorria o discurso, Alexandre tentava se disfarçar. Ele falou brevemente, por aproximadamente dois minutos, tudo para não afrontar a ex-presidente. A insatisfação de Serys com Cesar é tanta que ela decidiu atingi-lo em cheio. E fez. Em seu discurso, estava escrito: “É preciso que todos saibam que o PT está com as prestações de contas rejeitadas de 2004 e 2005, da gestão Alexandre Cesar, rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral”.

Mas ela fez uma pequena alteração e resolveu, como diz o dito popular, não dar nome aos bois: “É preciso que todos saibam que o PT está com as prestações de contas rejeitadas de 2004 e 2005, da gestão anterior, rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral”. E Alexandre olhava para o alto, como se não estivessem falando dele.

Por sua vez, Abicalil, da Unidade na Luta, mesma corrente de Alexandre, evitou criar conflitos. No ato de posse, limitou-se a dizer que a questão das dívidas fará parte de debate interno. “Cabe a todos os membros definir como vamos administrar as finanças do PT”.




Fonte: RD News

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