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Cidades/Geral
Quarta - 19 de Dezembro de 2007 às 10:05
Por: Lucélia Andrade

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A juíza da Vara de Infância e Juventude de Tangará da Serra, Wandinelma Santos, solicitou a reportagem do DS para esclarecer alguns fatos sobre a matéria publicada na edição de ontem, ao qual foi relatado por uma representante do Conselho Tutelar a situação do menor Marcelinho, que estava dormindo no Terminal Rodoviário e que estava em situação de risco, já que é usuário de drogas.

De acordo com a juíza, a conselheira faltou com a verdade para a comunidade quando disse que o Juizado de Menores não tomou nenhuma providência sobre o caso do menor. Conforme relatou a juíza, a situação deste e de mais de 30 menores é de conhecimento da Vara da Infância e Juventude, ao qual preocupada com os casos, já realizou inúmeras reuniões juntamente com clubes de serviços, como o Lions Clube Tangará da Serra, Maçonarias, igrejas e órgãos públicos como a Prefeitura Municipal, Secretarias Municipal de Saúde e de Assistência Social, no intuito de levar à população a preocupação do Juizado nestes casos.

Wandinelma esclarece que no caso deste menor não há nenhum comunicado do Conselho à respeito da sua situação. Porém ela diz que já está ciente do caso, em razão de que há alguns dias a Inspetoria de Menores localizou o adolescente nas mesmas condições, dormindo na rua.

Diante disto, após ser informada do caso, ela afirma que foi pessoalmente acompanhar o menor, encaminhando-o ao Conselho Tutelar e para a Unidade Mista, o qual permaneceu internado durante uma semana.

Neste período, Wandinelma declara que foi várias vezes na UMS, e dentre estas visitas, acompanhada do prefeito municipal Júlio César Ladeia, secretário municipal de saúde Toninho Iporã e vereadores. “Todos se mostraram preocupados com a situação e tentaram buscar meios para que o problema fosse resolvido”, comenta. Como o menor estava sem a droga por uma semana, ele passava por uma crise de abstinência, sendo que foi necessário amarrá-lo na cama, durante os dias que permaneceu internado. “A UMS não disponibiliza de profissionais nem espaço para atender estes casos”, frisa Wandinelma, destacando ainda que o prefeito, devido a situação que o menor encontrava-se, autorizou para que o mesmo pudesse ser internado.

A lamentação da juíza, de acordo com ela, é que o município ainda não tem um centro de recuperação de acesso livre para estes casos. “Não há local para os adolescentes que cometeram um crime, muito menos para a prevenção”, lamenta. Porém a juíza ressalta que mesmo com todos os problemas os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário estão engajados na questão. “O prefeito já se dispôs a implantar um serviço médico de internação, aguardando somente a área e os profissionais para que possa funcionar”, explica.

Como prova de que o juizado está preocupado com esta situação, Wandinelma esclareceu que aproximadamente 15 adolescentes que estavam na mesma situação já foram encaminhados para clínicas em outras cidades.

CONSELHEIRA - A conselheira tutelar Marilene da Luz, que repassou as informações sobre a situação do menor, esclarece que quando convocou a imprensa, o principal intuito era de mostrar o caso, e não para ofender o Juizado. Ela disse que a principal proposta era buscar apoio da comunidade para a situação. “Estamos ciente do empenho do juizado para trazer uma clínica de recuperação, mas sabemos o quanto é complicado”, afirma. De acordo com ela, a juíza já tinha conhecimento do caso e se disponibilizou a fazer o possível para que providências pudessem ser tomadas no caso.





Fonte: Diário da Serra

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