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Milhares de morsas se pisoteiam até a morte na Rússia
ANCHORAGE, EUA - Milhares de morsas que vivem no Círculo Polar Ártico morreram pisoteando uns aos outros no início deste ano após o desaparecimento do gelo no Estreito de Bering, informaram cientistas. A causa do degelo, segundo os pesquisadores, seria o aquecimento global, que derrete as calotas próximas aos pólos.
As mortes ocorreram durante o fim do verão boreal no lado russo do Estreito de Bering, que separa o Alasca da Rússia. "Foi um ano violento para as morsas", disse Joel Garlach-Miller, especialista nesses animais.
Diferentemente de focas, morsas não conseguem nadar a esmo durante muito tempo. Esses mamíferos gigantes precisam das placas de gelo para descansar. Quando não encontram essas "ilhas congeladas", vão para terra firme e lá ficam por, no máximo, semanas até voltar ao mar.
Mas o gelo desapareceu no Mar de Chukchi neste ano - por causa das altas temperaturas do verão, das correntes marítimas e dos ventos contínuos vindos do leste, informou Garlach-Miller.
Conseqüentemente, as morsas foram para terra firme mais cedo do que o usual e ficaram por mais tempo lá, reunidas em grupos com milhares de indivíduos - há registros de até 40 mil animais num local conhecido Point Shmidt, faixa de terra que não é pisada por morsas há mais de um século.
Esses animais ficam muito vulneráveis quando se reúnem em grandes grupos, pois, com a chegada de ameaças como ursos polares, caçadores ou até aviões voando baixo, eles fogem desesperados em direção ao mar, pisoteando uns aos outros.
Cientistas foram informados sobre a descoberta de milhares de corpos de morsas com graves ferimentos internos após serem pisoteadas. A maioria dos filhotes e dos mais fracos morreu esmagada.
O biólogo Anatoly Kochnev, do Instituto de Pescaria e Oceanografia da Rússia, estima entre 3 mil e 4 mil morsas mortas - número três vezes maior que o esperado. Vale lembrar que a população desse animal é de apenas 200 mil indivíduos.
Kochnev acrescentou que as morsas apenas começaram a ficar por longos períodos em terra firme no final dos anos 90, após o gelo do ártico recuar. "A razão disso é o aquecimento global", disse o biólogo.
Cientistas afirmam que a morte de tantas morsas é alarmante. Mas se o degelo continuar a ponto de esses animais não terem mais blocos de gelo no verão para descansar, eles podem ficar por mais tempo em áreas costeiras, acabando com a comida nessas regiões. Com isso, sua população pode reduzir-se ainda mais.
No lado norte-americano do Estreito de Bering, porém, não foram registradas mortes em grande escala no mesmo período. Cientistas acreditam que o fato dos animais terem reunido-se em pequenos grupos no Alasca os salvou de serem pisoteados. A maior manada de morsas registrada na região tinha apenas 2.500 indivíduos.
As mortes ocorreram durante o fim do verão boreal no lado russo do Estreito de Bering, que separa o Alasca da Rússia. "Foi um ano violento para as morsas", disse Joel Garlach-Miller, especialista nesses animais.
Diferentemente de focas, morsas não conseguem nadar a esmo durante muito tempo. Esses mamíferos gigantes precisam das placas de gelo para descansar. Quando não encontram essas "ilhas congeladas", vão para terra firme e lá ficam por, no máximo, semanas até voltar ao mar.
Mas o gelo desapareceu no Mar de Chukchi neste ano - por causa das altas temperaturas do verão, das correntes marítimas e dos ventos contínuos vindos do leste, informou Garlach-Miller.
Conseqüentemente, as morsas foram para terra firme mais cedo do que o usual e ficaram por mais tempo lá, reunidas em grupos com milhares de indivíduos - há registros de até 40 mil animais num local conhecido Point Shmidt, faixa de terra que não é pisada por morsas há mais de um século.
Esses animais ficam muito vulneráveis quando se reúnem em grandes grupos, pois, com a chegada de ameaças como ursos polares, caçadores ou até aviões voando baixo, eles fogem desesperados em direção ao mar, pisoteando uns aos outros.
Cientistas foram informados sobre a descoberta de milhares de corpos de morsas com graves ferimentos internos após serem pisoteadas. A maioria dos filhotes e dos mais fracos morreu esmagada.
O biólogo Anatoly Kochnev, do Instituto de Pescaria e Oceanografia da Rússia, estima entre 3 mil e 4 mil morsas mortas - número três vezes maior que o esperado. Vale lembrar que a população desse animal é de apenas 200 mil indivíduos.
Kochnev acrescentou que as morsas apenas começaram a ficar por longos períodos em terra firme no final dos anos 90, após o gelo do ártico recuar. "A razão disso é o aquecimento global", disse o biólogo.
Cientistas afirmam que a morte de tantas morsas é alarmante. Mas se o degelo continuar a ponto de esses animais não terem mais blocos de gelo no verão para descansar, eles podem ficar por mais tempo em áreas costeiras, acabando com a comida nessas regiões. Com isso, sua população pode reduzir-se ainda mais.
No lado norte-americano do Estreito de Bering, porém, não foram registradas mortes em grande escala no mesmo período. Cientistas acreditam que o fato dos animais terem reunido-se em pequenos grupos no Alasca os salvou de serem pisoteados. A maior manada de morsas registrada na região tinha apenas 2.500 indivíduos.
Fonte:
AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/194221/visualizar/
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