MPE recebe inquérito de esquema de propinas
O inquérito policial que apura irregularidades envolvendo funcionários da 2ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá está concluso e foi entregue ao Ministério Público nesta quinta. São 8 volumes contendo cerca de 2 mil páginas. A Polícia Civil descreve um esquema de andamento dos processos mediante pagamento de propina ou obtenção de vantagens.
A ex-escrevente Beatriz Árias, Welington Dantas, José Dantas, a servidora do Fórum Criminal da Capital, Maria Dias da Conceição, e os estagiários de Direito, Rafael Peres de Pinho e Paulo Henrique da Silva Gahyva, são os principais alvos da investigação. Eles vão responder pelo crime de corrupção passiva e formação de quadrilha. Segundo o delegado Gerson Vinícios Pereira, o esquema de cobrança de propina dentro do fórum ficou comprovado durante as investigações que antecederam a operação batizada de “Artêmis” – deusa grega que simboliza a caça –, deflagrada no início deste mês e que culminou na prisão dos 5.
Beatriz, que está presa há 10 dias, fazia o papel de intermediária entre os reeducandos e os servidores do Judiciário. "Além de agenciar a corrupção, Beatriz enganava os presos, afirmando a incompetência dos advogados para soltá-los e dizendo que através do prestígio que ela tinha eles poderiam ser soltos mais rapidamente", disse a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 2ª Vara Criminal da Capital.
O resultado do inquérito ficará nas mãos do promotor de Justiça, Joelson de Campos Maciel, que integra o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). O MP vai apreciar o inquérito para encaminhamento do processo.
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