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Politica Brasil
Quinta - 13 de Dezembro de 2007 às 19:10
Por: Sabrina Martins/Simone Alves

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Júlio Campos está de volta à militância político-partidária. Um dia após sua aposentadoria do Tribunal de Contas do Estado, ele destaca, em entrevista ao RDNews, que vai mesmo concorrer à sucessão municipal em Várzea Grande no próximo ano pelo DEM (ex-PFL). Acredita que chegará a um entendimento com seu colega de partido, deputado Wallace Guimarães, que está em pré-campanha há dois anos.

Segundo ele, o partido vai providenciar uma pesquisa quantitativa para escolher entre quatro nomes o pré-candidato oficial. Isso deve ocorrer dentro de três meses. Apesar de citar os nomes de Arilson Arruda e do empresário Wilson de Oliveira, da Grafite Papelaria, a briga está polarizada entre o próprio Júlio e Wallace.

Júlio descarta outra partido senão o DEM. "Sair do DEM é provocar uma divisão familiar". O conselheiro aposentado, que já foi prefeito de Várzea Grande, governador, deputado federal e senador, se mostra otimista quanto à pré-candidatura. Seu projeto político foi articulado inclusive junto à cúpula nacional. “Mesmo com o currículo que tenho, eu concordo com a decisão diretória de Várzea Grande em realizar as pesquisas. Aceito para que não haja um racha entre os quatro candidatos”.

Júlio Campos garante que, se perder no embate interno com Wallace, indicará o filho, empresário Julio Campos Neto, como vice da chapa. Já se sair vitorioso, caberá a Wallace recuar e emplacar a esposa, a médica Jaqueline Guimarães como candidata a vice-prefeita. Dessa forma, o DEM concorrerá com chapa pura.

Ele adianta que, desde já, vai buscar apoio de outros partidos. inclusive no PR do prefeito Murilo Domingos, que concorrerá à reeleição. Júlio acha possível obter adesão ou neutralidade do governador Blairo Maggi no processo eleitoral em Várzea Grande, assim como ocorreu em 2004. Acredita que a primeira-dama do Estado, Terezinha Maggi, possa vir até a subir em seu palanque.

“Eles (Blairo e Terezinha) demostram uma simpatia pelo meu nome. Mesmo que Maggi não me apóie diretamente, Murilo não impede que o PR tenha uma simpatia por mim. Também poderei contar com a secretária estadual de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs)”, declarou Julio.

Gestão Murilo

Julio Campos fez uma critica discreta ao prefeito Murilo. Adianta que aproveitará as falhas do gestor republicano para fazer o contraponto. “O Murilo corre contra o tempo. Não é culpa dele, mas da falta de apoio. Ele tem um grande projeto de destaque, as obras Plano de Aceleração do Crescimento (PAC - Saneamento Básico), mas só conseguiu manusear R$ 60 milhões de R$ 160 milhões. Ocorre que saneamento não é o único problema de Várzea Grande. Falta urbanização, valorizar emendas parlamentares que beneficiem o município, falta emprego, moradia, infra-estrutura, educação, segurança e ainda tem 40 mil lotes urbanos sem documentos", declarou Julio.

Para o ex-senador, “Várzea Grande virou um grande dormitório". Afirma que "a cidade está apagada". "Não tem elegância. Ela (Várzea Grande) precisa de mim. Eu tenho trânsito livre em Brasília. Sinto uma grande receptividade lá”, completou.

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Fonte: RD News

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