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Politica Brasil
Quarta - 12 de Dezembro de 2007 às 07:43
Por: Marcos Lemos

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Os conselheiros do Tribunal de Contas, Ubiratan Spinelli e Júlio Campos aproveitaram a tarde de ontem para se confraternizar com os servidores da instituição, principalmente àqueles ligados aos seus gabinetes. Com 17 anos de serviços prestados a Corte de Contas, Spinelli tem um vínculo mais forte com o TCE, já Júlio Campos com pouco mais de seis anos também foi muito festejado, até porque ele está tentando inverter os passos dos políticos de carreira que depois de serem indicados para o TCE deixam a vida pública.

Júlio Campos quer retornar a política disputando a sucessão municipal em Várzea Grande, município em que iniciou sua carreira política na década de 70 até chegar ao governo do Estado e ao Senado da República, caminhos seguidos pelo irmão Jaime Campos, hoje senador.

Os conselheiros apresentam seus pedidos de aposentadoria na sessão matutina de hoje pela manhã, mas ontem mesmo o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo (PR) já anunciava o entendimento para que na sessão vespertina do dia 12, já ocorra a sabatina do deputado Humberto Bosaipo (DEM) indicado para suceder Ubiratan Spinelli e o secretário de Fazenda, Waldir Teis indicado para assumir a vaga do conselheiro Júlio Campos. Os trâmites internos do Poder Legislativo já se iniciaram ontem mesmo com a definição do rito para as sessões especiais de sabatina dos indicados do Poder Legislativo e do Poder Executivo.

O anúncio do deputado Sérgio Ricardo e a festa de confraternização dos conselheiros no Tribunal de Contas sela definitivamente a situação e não deixa dúvidas assegurando a aposentadoria e a indicação dos substitutos colocando um ponto final numa disputa pelas vagas de uma das funções mais cobiçadas pelos políticos em final de carreira, que estão se aposentando após longos anos de disputas eleitorais. São raras as indicações técnicas para o Tribunal de Contas do Estado.

Como políticos os indicados tem que a cada mandato passarem pelo crivo das urnas e pela apreciação popular, já no Tribunal de Contas do Estado (TCE) o cargo é vitalício, ou seja, o ocupante nunca mais perde as regalias como salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (hoje em R$ 24,5 mil/mês). Após o falecimento a esposa continua recebendo os benefícios e posterior a isto os filhos até que seja extinto o grau familiar.

Antes mesmo do retorno do governador Blairo Maggi que se encontra em Balí - Indonésia o governador em exercício Silval Barbosa deverá sancionar as indicações, mas as posses ficam mesmo para o dia 20, já que no dia 17 a comitiva do Governo do Estado já terá retornado da discussão das mudanças climáticas, assunto que deixa o Chefe do Poder Executivo de Mato Grosso desconfortável pelas críticas mundiais que recebe por se tratar do maior produtos de grãos individual do mundo.

O presidente do Tribunal de Contas, José Carlos Novelli aguarda apenas a manifestação do Poder Legislativo e do Executivo para marcar a posse e evitar que no novo ano haja solução de continuidade pela substituição de dois dos sete conselheiros.





Fonte: Gazeta Digital

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