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Politica Brasil
Terça - 11 de Dezembro de 2007 às 14:10
Por: Marcelo de Moraes

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O presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), afirmou hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inviabiliza qualquer diálogo com a oposição em torno da proposta de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ao procurar "cooptar os votos dos senadores do partido em vez de promover conversas institucionais". "Se o presidente Lula tivesse proposto um encontro com a direção do DEM, com os líderes do partido, podia até não conseguir votos a favor da CPMF. Mas, pelo menos, poderia abrir um canal de diálogo. Mas ele prefere ser desrespeitoso com o partido e evita as conversas institucionais, procurando tentar cooptar os nossos senadores", diz Maia.

O presidente do DEM disse que Lula errou ao tentar convencer individualmente o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), a ajudar o governo a conseguir a boa vontade do partido para aprovar a CPMF. O presidente se encontrou com Arruda hoje de manhã, na residência oficial do governador, em Águas Claras. No encontro, Lula pediu para Arruda interceder junto ao DEM e para liberar os votos dos senadores Jonas Pinheiro (DEM-MT), Jayme Campos (DEM-MT) e Adelmir Santana (DEM-DF) a favor da CPMF.

Lula pediu também ajuda para que o DEM não pedisse de volta na Justiça Eleitoral os mandatos dos senadores Romeu Tuma (PTB-SP) e César Borges (PR-BA), que eram filiados ao partido, caso eles votassem a favor da CPMF. Por conta dessa ameaça, Borges e Tuma avisaram ao governo que não votarão a favor da prorrogação da proposta. Apesar do pedido do presidente, Arruda disse que não poderia interceder nesse sentido porque o DEM fechou questão contra a prorrogação da CPMF. Além de conversarem sobre a CPMF, Lula tinha se disponibilizado para ajudar Arruda a aprovar no Senado o pedido de empréstimo feito ao Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) para o governo do Distrito Federal no valor de cerca de US$ 270 milhões.

Depois de conversar com Arruda, o deputado Rodrigo Maia disse que não há qualquer clima político para que o DEM ajude o governo. "O governo erra os métodos de relacionamento conosco. Mas não é surpresa, porque desde o início do segundo mandato do presidente Lula, o governo tenta acabar com o partido, procurando nossos parlamentares para levá-los para a sua base de apoio. Só pararam com isso porque foi aprovada uma dura lei de fidelidade partidária. Aí, eles aparecem depois e pedem para o DEM ajudar na votação de um projeto com o qual não concordamos? Não existe essa hipótese", garantiu o presidente do DEM.





Fonte: AE

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