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Cultura
Terça - 11 de Dezembro de 2007 às 07:08
Por: Aline Marques

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Duas exposições fotográficas retratando os “100 Anos da Comissão Rondon” e a “Presença Jesuíta em Mato Grosso” abriram a Casa Memorial dos Viajantes, antiga Casa Canônica, em Diamantino. O prédio que terá a função de preservar a história dos povos de Diamantino, foi reinaugurado no sábado (08).

O evento contou com presença como a do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que é da cidade de Diamantino, e também da artista plástica Adriana Florence, bisneta do pintor francês Hércules Florence, responsável por ter escrito o diário de viagem da expedição do Barão de Langsdorff, que passou pela cidade, e também por pintar paisagens e índios que achava pelo caminho.

O ministro disse que a idéia de se ter um museu em Diamantino já era antiga, e solicitou ao secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, que atendeu seu pedido. “A Casa vai ficar na memória de todos. Agora temos que usar da tecnologia para democratizar essas informações e dar acesso à pessoas de fora”, ressaltou.

O secretário de Cultura, João Carlos, relatou as ações feitas em Diamantino, como o tombamento do Centro Histórico do município que garantirá a conservação dos patrimônios. “Com esta ação fica proibido derrubar qualquer prédio e assim fica conservado não apenas os bens culturais da cidade, mas também a história de um povo. Lembrando que a conservação é de total responsabilidade do proprietário”, afirmou.

Ferreira também fez questão de ressaltar a riqueza do Patrimônio de Mato Grosso. “Temos que preservar nossos bens culturais para que sejam base da economia através do turismo cultural”, enfatizou.

O prefeito Chico Mendes destacou a longa história que a casa tem e seu valor. “O prédio será um ponto da história de Diamantino”, observou. Ele também anunciou o recurso de R$ 280 mil vindo do Ministério da Justiça, que servirá para recuperação da Igreja Nossa Senhora da Imaculada Conceição.

A cerimônia teve início com a benção do bispo Dom Canísio Klaus, que pediu a colaboração de toda a população na preservação e administração da casa, que será deixada para os seus descendentes. No encerramento, os índios parecís da aldeia formosa se apresentaram.

CASA CANÔNICA

A casa foi construída nos anos de 1932 e 33, pelos jesuítas para servir de base aos trabalhos de catequese da extensa Prelazia de Diamantino. Ela abrigou um conjunto de padres da Companhia de Jesus, que entre 1930 e 1980 atuou de forma intensa no município. Ela funcionava como um quartel general de onde se pensava as ações catequizadoras e ao mesmo tempo também servia para refrigério, aonde se vinha curar das doenças contraídas no sertão e participar dos ministérios que reafirmavam a fé.





Fonte: Assessoria da SEC-MT

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