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Politica Brasil
Terça - 11 de Dezembro de 2007 às 02:41
Por: Christiane Samarco

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Foram inúteis os apelos do líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), para convencer os cinco candidatos do partido à presidência da Casa a tentarem um acordo para ao menos afunilar a disputa em dois nomes.

"Eu vou disputar dentro do PMDB. Com 25 anos de Senado, é um direito que tenho", reagiu Pedro Simon (RS), alegando que não tinha outra saída diante do abaixo-assinado de 34 senadores de vários partidos em apoio à sua candidatura. "Terão de me rejeitar e dizer que não me querem. Meu nome estará à disposição da bancada." Simon ressalvou que não se apresentará como candidato avulso no plenário, a despeito dos apelos de petistas e adversários do Planalto.

Diante deste cenário, Raupp comunicou oficialmente ao plenário do Senado, no início da noite de ontem, que as cinco candidaturas estavam mantidas. Destacou, porém, que ainda tentaria fechar a disputa em no máximo dois nomes.

Além de Simon, disputam a vaga Garibaldi Alves (RN), Neuto de Conto (SC), Valter Pereira (MS) e Leomar Quintanilha (MS). A lista dos cinco candidatos não inclui justamente a opção preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o senador José Sarney (AP) confirmou ontem que não há apelo palaciano que possa convencê-lo a disputar o cargo.

A despeito da fartura de candidatos, a aposta geral da cúpula do partido é que restem apenas dois nomes hoje cedo, na disputa final dentro da bancada: Garibaldi e Simon. "Vamos tentar chegar à reunião de preferência com um nome, mas se não der, com no máximo dois", insistiu Raupp no início da noite de ontem. "Afinal, é um mandato tampão de um ano", ponderou. Ele acredita que a solução ideal para esse momento de transição é um nome de consenso não só na bancada, mas com os demais partidos. "Não vale a pena entrar em disputa por um mandato tampão."

Apesar da dificuldade dos peemedebistas de chegar a um entendimento, Garibaldi é apontado como franco favorito na disputa. Depois de uma campanha ostensiva entre os colegas dos vários partidos e no Planalto, ele conseguiu vencer as resistências do grupo de Sarney, que é majoritário na bancada. Também ganhou aceitação pelo governo, apesar de sua incursão no grupo rebelde. Para tanto, sua primeira providência foi garantir seu voto em favor da CPMF. Tanto na bancada peemedebista quanto no plenário a votação será secreta.

OPOSIÇÃO

O favoritismo de Garibaldi não é garantia de que a eleição para a presidência do Senado seja pacífica. Os partidos de oposição podem querer usar a oportunidade para tumultuar o ambiente político e atrasar ainda mais a votação da CPMF.

"Vou advogar que eles lancem um nome do PMDB e nós um da oposição", afirmou o líder da bancada do PSDB, Arthur Virgílio (AM), no início da noite. "Vamos ter uma carta de princípios: o candidato que quiser nosso voto vai ter que garantir que fará rodízio sincero e matemático das relatorias dos projetos mais importantes e que respeite a oposição", acrescentou o tucano. Ele já havia avisado o PMDB de sua decisão de disputar em plenário contra o candidato do partido, caso o escolhido fosse Sarney.





Fonte: Estadão

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