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Politica Brasil
Segunda - 10 de Dezembro de 2007 às 11:04

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Um dia antes da votação da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) pelo Senado, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) cobrou nesta segunda-feira responsabilidade dos partidos de oposição. Sem citar nomes nem legendas, ela ressaltou que a manutenção do "imposto do cheque" é uma questão de "interesse nacional".

"O governo sempre esteve aberto à negociação e ao entendimento. Acho que está faltando é termos responsabilidade da oposição. Não acredito que seja possível fazer oposição ferrenha em questões que envolvem interesse nacional. A CPMF envolve interesse nacional. Interesses dos Estados", afirmou Dilma durante entrevista ao jornal "Bom Dia Brasil", da TV Globo.

"Por que os governadores são favoráveis [à CPMF]? Porque em torno de R$ 15 bilhões serão destinados ao Sudeste, mantida a CPMF. Em torno de R$ 10 bilhões para o Nordeste. Em torno de R$ 5 bilhões para Sul e R$ 2 bilhões para o Norte", explicou.

No fim de semana, o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) intensificou as negociações em busca de acordo para o governo obter os 49 votos necessários para aprovar a prorrogação da CPMF.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apelou aos governadores para que pressionassem suas bancadas no Senado para assegurar a aprovação da proposta.

Hoje, durante seu programa de rádio, Lula afirmou que o bom senso vai prevalecer e os senadores vão aprovar amanhã a proposta que prorroga a CPMF até 2011.

"É uma questão de responsabilidade e eu estou tranqüilo, estou convencido que, em todos os partidos políticos, a maioria dos senadores querem votar favorável à CPMF. Obviamente que tem pressão de um ou de outro partido político, mas eu acho que o bom senso vai prevalecer."

Na entrevista à TV Globo, Dilma negou que o governo tenha falhado nas articulações em busca de votos pela CPMF. "Não existe [falha] da parte do governo. É óbvio que em determinado momento haja um acirramento dos ânimos. A CPMF é um dos impostos mais importantes [do país]", afirmou.

Pelo cronograma do governo, a CPMF deverá ser colocada em votação nesta terça-feira à tarde. Mas há também possibilidade de adiar a votação para quarta-feira, caso os líderes governistas concluam que faltam votos necessários para a aprovação do "imposto do cheque".





Fonte: Folha Online

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