Maggi vai mudar 3 secretários; Moisés Sachetti é cotado

* Éder ou Moro assumirá a secretaria de Fazenda

O governador Blairo Maggi decidiu aproveitar a saída dos secretários Waldir Teis (Fazenda), João Carlos Vicente Ferreira (Cultura) e Alexandre Furlan (Indústria, Comércio, Minas e Energia) para promover mudanças e/ou remanejamentos em outras pastas. Os três vão deixar o staff em janeiro. Maggi tem a intenção de transformar o seu chefe de Gabinete, Moisés Sachetti, em secretário do Desenvolvimento do Turismo. Nesse caso, remanejaria Pedro Nadaf para a cadeira ocupada hoje por Furlan. Moisés é irmão do prefeito de Rondonópolis Adilton Sachetti e presidiu o Detran nos quatro primeiros anos da gestão Maggi. Ele já foi avisado pelo governador no sentido de se preparar para compor o primeiro escalão.

Teis terá o nome aprovado em sabatina na Assembléia, na quarta (12), para ocupar a cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A tendência é que o governador ou remaneje Augustinho Moro da Saúde para a Fazenda ou opte pelo executivo Éder de Moraes, presidente da MT Fomento. Moro começou no atual governo como secretário-adjunto de Política Fiscal da própria Fazenda. Se retornar à pasta, o médico Ságuas Moraes, que hoje conduz a Educação, se tornaria secretário de Saúde.

Todas as essas possibilidades estão sendo analisadas pelo governador. Entende que seria uma forma de "sacudir" o seu secretariado porque alguns estão um tanto acomodados e isso vem gerando muitas críticas, principalmente por parte dos deputados. O nome de Éder ganhou força como futuro secretário de Fazenda. Além da relação pessoal e da confiança conquistada junto ao governador, o executivo se sobressaiu junto à Secretaria do Tesouro Nacional como um dos idealizadores do projeto de renegociação de quase R$ 5 bilhões da dívida pública da Mato Grosso com instituições financeiras. A STN, com aval do presidente Lula, sinalizou no sentido de aprovar a proposta.

Há dúvida se, de fato, Baiano Filho deixará a pasta de Esportes e Lazer para ser candidato, de novo, a prefeito de Sinop, considerando que está atrás nas pesquisas e enfrenta alto índice de rejeição. Enquanto isso, João Carlos sairá mesmo da Cultura. Fica até o final deste mês. Sua vaga tende a ser ocupada pelo professor universitário Fabrício Carvalho, maestro da orquestra da UFMT. A indicação contempla os petistas, principalmente o ex-Campo Majoritário, que congrega os deputados Alexandre Cesar e Ságuas Moraes, licenciado para comandar a Educação, e também o federal Carlos Abicalil.

Uma outra mudança bastante comentada no Palácio Paiaguás é sobre a possibilidade da saída de Yênes Magalhães, que conduz o Planejamento e Coordenação Geral desde janeiro de 2003. Yênes seria remanejado para o Detran.

"Intocáveis"

Dos 22 secretários do governo Maggi - fora Defensoria Pública, órgãos e autarquias -, o governador Blairo Maggi só não alterou o comando de sete, por enquanto. Enquanto isso, quatro secretarias (Casa Civil, Saúde, Educação e Desenvolvimento Rural) já tiveram quatro secretários nestes seis anos da atual gestão.

Hoje, permanecem no mesmo cargo desde janeiro de 2003 Teis, Furlan, Terezinha Maggi (Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social), João Virgílio (Procuradoria-Geral) e João Carlos (Cultura) e Yênes (Planejamento), além de Cloves Vettorato, que começou em Projetos Estratégicos, foi para Desenvolvimento Rural e depois retornou à primeira pasta.