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Politica Brasil
Sábado - 08 de Dezembro de 2007 às 13:34
Por: Pollyana Araújo/Romilson Doura

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O Ministério Público Estadual descobriu 12 parentes de vereadores várzea-grandenses em algum cargo comissionado, caracterizando prática de nepotismo, algo ilegal e imoral. O campeão é o vereador de terceiro mandato Chico Curvo (DEM). Ele emprega quatro pessoas com vínculos, dois irmãos (Roberto Coelho e Moacir Gonçalo), um cunhado (Antonio Carlos) e um sobrinho (Eliezer Jorge), que atua como motorista. Dos 12 parlamentares, seis mantêm parentes na estrutura do legislativo.

Agora, por determinação do juiz José Luiz Leite Lindote, da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Várzea Grande, todos deverão ser exonerados num prazo de 30 dias - leia mais aqui. O magistrado entende que, com a prática de nepotismo se torna difícil preservar o patrimônio público, bem como garantir a eficiência dos serviços públicos prestados.

Além de Curvo, empregam parentes e membros da família os vereadores Edil Moreira (DEM), que preside a Câmara, Aziza Baracat (PMDB), João Madureira, Wanderlei Cerqueira e Antonio Cardoso Neto. No caso de Edil, ele mantém na boca-do-caixa o irmão Elisio Moreira da Costa Filho, que é o coordenador-administrativo e financeiro do legislativo várzea-grandense. Cuida de um duodécimo superior a R$ 500 mil.

Cerqueira empresa a irmã Meire Cerqueira como coordenadora-geral de gabinete e o outro irmão Lauro Paulo na assessoria especial. Aziza ajeitou emprego até para o marido. Ildes José de Lima é seu assessor-técnico legislativo. O sobrinho Roberto Carlos Baracat ganha como assistente parlamentar.

O vereador João Madureira dá emprego à esposa na Câmara. Maria Clarice de Oliveira é lotada como assessora-técnica de assuntos sociais, com salário superior a R$ 3 mil. No primeiro semestre deste ano, Madureira foi condenado pela Justiça porque mantinha em seu gabinete Írio Marcio, que, ao mesmo tempo, cumpria pena em presídio por latrocínio. O "assessor" recebeu salário da Câmara de maio de 1999 até 2001. Em média, foi R$ 4,8 mil por mês. Quando Madureira o nomeou, Írio já estava condenado. Por causa disso, teve de devolver cerca de R$ 480 mil. Trata-se do dinheiro que o condenado pela Justiça recebeu indevidamente da Câmara.

Antonio Cardoso nomeou o filho Wellington de Andrade como segurança parlamentar e o outro filho José Cardoso como assistente parlamentar. Dessa forma, os seis vereadores vêm conseguindo "engordar" o salário de seus familiares.

Em sua decisão, o juiz José Luiz alerta o presidente da Câmara no sentido de cumprir a determinação, sob pena de pagar multa diária de R$ 1 mil. O MPE vem fechando o cerco contra gestores e parlamentares nepotistas. Várias ações estão sendo propostas nesse sentido.





Fonte: RD News

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