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Politica Brasil
Sexta - 07 de Dezembro de 2007 às 14:04
Por: Pollyana Araújo

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O deputado Gilmar Fabris (DEM) se diz injustiçado pelo Tribunal Regional Eleitoral, que rejeitou seu embargo declaratório nesta quinta, mantendo-o cassado. Insinua que o TRE usou dois pesos e duas medidas, porque, no caso dos deputados cassados Chica Nunes (PSDB) e Pedro Henry (PP), também acusados de compra de votos, os recursos foram deferidos e, dessa forma, ambos poderão continuar no exercício do cargo.

Fabris perde de vez a cadeira de deputado. Em sua vaga será empossado o suplente deputado Wagner Ramos (PR). Polêmico, o democrata acusa o TRE de tomar uma decisão equivocada. "De lei eu entendo, e o artigo 41 da Lei 9504, de 97, diz que o condenado deve ter participado diretamente do caso para poder perder o mandato", afirma Fabris, ao argumentar que nenhuma das testemunhas disseram que possuía algum tipo de ligação com ele. Explica, porém, que a Justiça deveria ter ouvido como réu o ex-prefeito de Poxoréo, médico Valterli José Alves, já que a mulher com a qual foram encontrados seus cartazes e santinhos afirmou que havia sido contratada pelo médico. "Eles (TRE) ouviram ele (Valterli) apenas como testemunha e não como réu, o que está errado", criticou.

Gilmar Fabris falou ao RDNews nesta sexta. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.

RDNews - Como avalia a decisão do TRE que, primeiro cassou o mandato do senhor e agora rejeitou o recurso impetrado?

Gilmar Donizete Fabris - Desde o começo estranhei muito essa decisão do TRE. Se pegar os sete juízes e levá-los em Poxoréo vão ver que tem sete anos que eu não vou lá. Outra coisa: eles tinham que verificar a minha conta bancária, dessa menina e do Valterli (ex-prefeito de Poxoréo). Daí iriam ver que eu não remeti nenhum tostão para comprar voto. Nunca passei um centavo a ninguém. Acho que tem que investigar direito. Acho que tem que quebrar o sigilo bancário de nós três e não tenho medo nenhum. Antes de tomar qualquer atitude é preciso ter certeza da acusação, pois, é muito sério cassar o mandato de alguém.

RDNews - A situação do sr é semelhante a dos deputados Chica Nunes e Pedro Henry, que conseguiram se manter no cargo, mesmo cassados? Como vê esse entendimento do TRE?

Fabris - Não quero que as coisas dêem errado para eles também. Torço para que dê certo, mas é impossível entender essa posição da Justiça Eleitoral.

RDNews - Qual o próximo passo que vai tomar para tentar reverter o processo de cassação?

Fabris - Meu advogado é completamente diferente. O último dia que eu vi ele foi no Tribunal, nunca mais o vi. Não temos um encontro frequente, mas confio muito no doutor Zaid (Arbid). Então, não sei o que vamos fazer agora, mas ele (advogado) é competente. O problema é que estou numa posição onde não tenho do que me defender, pois não há provas contra mim.

RDNews - Acredita que pode permanecer no mandato? Fabris - Confio na verdade e que uma hora ela deve prevalecer. Mas, se perder meu mandato, vou para as ruas colar cartazes para os candidatos do meu partido no ano que vem. Sei fazer de tudo um pouco. Foi assim que comecei a militância política. Iniciei pregando cartazes para o Júlio Campos. Nada que eu não possa retornar.





Fonte: RD News

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