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Politica Brasil
Quinta - 06 de Dezembro de 2007 às 19:25

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Um grupo de senadores, liderado pelos Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PDT-DF), anunciou nesta quinta-feira (6) o lançamento da candidatura de Pedro Simon (PMDB-RS) para disputar a presidência do Senado. "Ele é um quadro histórico do PMDB, representa a ética no parlamento. Poderia representar a redenção da Casa perante a sociedade brasileira", avalia o senador José Nery (PSOL-PA).

O abaixo-assinado deve ser entregue ao líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), com as assinaturas de, pelo menos, 28 senadores. Entre eles, de acordo com Nery e Buarque, estão os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Lucia Vânia (PSDB-GO), Flávio Arns (PT-PR) e Delcídio Amaral (PT-MS).

Com a palavra, o PMDB

A lista, no entanto, não tem nenhuma assinatura do PMDB, nem mesmo do senador Mão Santa (PMDB-PI), que lançou informalmente a candidatura de Simon em reunião da bancada do partido nessa quarta-feira (5). "Com todo respeito que tenho aos senadores e, principalmente, ao senador Simon, abaixo-assinado não vale nada, não elege ninguém. O Simon precisa dizer à bancada que quer ser candidato, afirmou Raupp.

O PMDB tem a prerrogativa de escolher o substituto de Renan Calheiros (PMDB-AL) por ter a maior bancada no Senado, com 20 integrantes. A eleição está marcada para a próxima quarta-feira (12), e a bancada do PMDB se reunirá na terça-feira (11) pela manhã para bater o martelo.

A legenda lançou, nessa quarta-feira (5), quatro pré-candidatos à sucessão de Renan: Garibaldi Alves Filho (RN), Neuto de Conto (SC), Valter Pereira (MS) e Leomar Quintanilha (TO). Além deles, existe uma forte pressão sobre o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), que rejeita, por enquanto, participar da disputa. "Se ele sair candidato, tem o meu apoio", garantiu um dos pré-candidatos no PMDB, Neuto de Conto.

E o candidato?

Pedro Simon não comentou a movimentação do grupo. Ele sequer compareceu ao plenário, numa tarde em que a sucessão de Renan foi o principal assunto no plenário e também no cafezinho, lugar reservado em que os senadores fazem rápidos lanches e conversam com a imprensa e com assessores.

De acordo com o senador Cristovam Buarque, Simon garantiu que só aceita participar da disputa caso a bancada do PMDB indique seu nome.

No plenário, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), aliado de Renan, não perdeu tempo e atacou a movimentação do grupo.

"O senador Eduardo Suplicy comete o pecado de tentar se imiscuir nas questões internas do PMDB. A bancada do PMDB, no dia de ontem, fez reunião para o processo de definição de candidatura à Presidência do Senado Federal. O senador Eduardo Suplicy não faz parte da bancada do PMDB", atacou.

Suplicy recebeu da líder do PT, Ideli Salvatti (SC), um pedido para sair da articulação, que pode azedar as relações entre PMDB e PT na véspera da votação da CPMF.

E coube a Cristovam Buarque rebater o peemedebista. "O PMDB tem o direito de escolher o candidato. Mas nós temos também o direito de participar das negociações porque vamos votar na eleição", disse.




Fonte: G1

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