Senado arquiva de uma só vez duas denúncias contra Renan
Na denúncia apresentada pelo PSOL, o ex-presidente do Senado era acusado de participação em esquema de arrecadação ilegal de recursos em ministérios comandados pelo PMDB. A denúncia foi feita pela revista "Veja". O alagoano nega as acusações.
Já na outra, de autoria do PSDB e do Democratas, Renan era acusado de encomendar a espionagem de parlamentares de oposição, defensores da cassação do senador. Os alvos da suposta 'arapongagem', de acordo com a revista "Veja" seriam os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). "O empresário citado na matéria nega qualquer envolvimento com o caso. não existem elementos. Por isso, também foi para o arquivo", disse o presidente do Conselho de Ética.
O pedido de arquivamento da representação quatro foi solicitado na quinta-feira (29) pelo relator da matéria, senador Almeida Lima (PMDB-SE). “A denúncia é inepta. Não há nada contra o senador Renan. Não consta nenhuma acusação contra ele”, disse o relator, principal aliado do alagoano no órgão disciplinar.
Já a denúncia número cinco sequer tinha relator indicado no órgão disciplinar.
Desta forma, o objetivo é promover o arquivamento sumário da matéria. “Não há motivos para que se analise uma denúncia que não existe. Existem outros casos na Casa, inclusive envolvendo senadores de oposição, que tiveram o mesmo destino”, garantiu Almeida Lima.
Ele deu como exemplo de arquivamento sumário uma representação impetrada contra o atual líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR).
O despacho de Leomar Quintanilha foi entregue à Secretaria-Geral do Senado, na noite de terça-feira (4), conforme o próprio senador.
Resta uma denúncia
Em mais uma representação, travada pela Mesa Diretora e ainda longe de uma investigação, o peemedebista é acusado de liberar emendas para a construção de casas em Murici (AL), cidade natal de Renan, cuja construtora seria fantasma.
Protesto
As bancadas do PSOL na Câmara e no Senado farão um ato contra o arquivamento das denúncias. De acordo com a assessoria do partido, será fixado uo cartaz em uma das portas de acesso ao Senado e terá as seguintes palavras: "Voto oculto prorroga o corporativismo, o peculato e a maracutaia", se referindo à votação secreta do processo de cassação na Câmara e no Senado.
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