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Politica Brasil
Quarta - 05 de Dezembro de 2007 às 13:02
Por: Rubens de Souza

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A segurança pública em Mato Grosso pode entrar em crise a qualquer momento. O governador Blairo Maggi descartou a possibilidade de conceder reajuste salarial para os agentes policiais. Ao participar da solenidade dos 10 anos da Rede-Cemat em Mato Grosso, nesta quarta-feira, o governador explicou que o Estado não suporta um reajuste salarial agora até por questões legais. O aumento de piso salarial de R$ 1,3 mil para R$ 2,3 mil, principal reivindicação da categoria, atingiria a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Não temos como dar aumento” – enfatizou o governador, deixando claro que o Estado vai enfrentar eventuais situações de protestos.

Maggi deixou claro que não gostou nem um pouco da atitude dos agentes policiais, que foram para porta do edifício onde reside, no bairro Goiabeiras, protestar contra a recusa do Governo em conceder o reajuste reivindicado. Não pelo protesto em si: “Todas as manifestações são livres e democráticas”. Porém, a forma como foi desencadeada: os policiais usaram veículos do Estado para “sitiar” o edifício. Há informações também que, no protesto, foram disparados tiros para o alto, depois que deixaram o local. “Isso vai ter que ser investigado. O Estado não pode ser usado” – disse.

O governador disse também que vai apurar os motivos que levaram o secretário Geraldo de Vitto, de Administração, a excluir o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, das discussões da pauta de reivindicações dos agentes policiais. Maggi disse que não sabia que o secretário tivesse levado “um passa” sobre a reunião. “Ele deveria estar presente. Afinal de contas, é o secretário da área” – declarou o governador. Conforme apurou o “Blog do Valdemir”, o secretário Brito queixou-se da atitude do colega de Vitto e, depois, procurou os sindicatos para tentar “contornar o problema”.

Os agentes policiais reclamam que há dois anos estão tentando negociar um aumento. Eles prometem recrudescer ainda mais o movimento. Desde segunda-feira, começou a “operação tartaruga” onde boa parte dos servidores não está trabalhando e houve redução no volume de investigações e outros procedimentos.

“Tem muita gente reclamando do Governo. Mas essas pessoas sabem o que este Governo já fez” – disse o governador, sem esconder mágoas quanto as atitudes dos agentes policiais que o chamaram de “mentiroso”.

Por causa dos protestos dos policiais, foi cancelada a visita que o governador de São Paulo, José Serra, faria a Cuiabá nesta quarta-feira. Eles iriam celebrar convênio com o objetivo de estabelecer as bases de cooperação entre os dois estados na área de substituição tributária, de forma a buscar o aperfeiçoamento de arrecadação mútua, por meio de um controle na origem das operações feitas a contribuintes mato-grossenses. “Seria muito constrangedor um protesto” – ele disse.





Fonte: 24 Horas News

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