Maggi descarta aumento para Polícia e crise ronda o Governo
Maggi deixou claro que não gostou nem um pouco da atitude dos agentes policiais, que foram para porta do edifício onde reside, no bairro Goiabeiras, protestar contra a recusa do Governo em conceder o reajuste reivindicado. Não pelo protesto em si: “Todas as manifestações são livres e democráticas”. Porém, a forma como foi desencadeada: os policiais usaram veículos do Estado para “sitiar” o edifício. Há informações também que, no protesto, foram disparados tiros para o alto, depois que deixaram o local. “Isso vai ter que ser investigado. O Estado não pode ser usado” – disse.
O governador disse também que vai apurar os motivos que levaram o secretário Geraldo de Vitto, de Administração, a excluir o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, das discussões da pauta de reivindicações dos agentes policiais. Maggi disse que não sabia que o secretário tivesse levado “um passa” sobre a reunião. “Ele deveria estar presente. Afinal de contas, é o secretário da área” – declarou o governador. Conforme apurou o “Blog do Valdemir”, o secretário Brito queixou-se da atitude do colega de Vitto e, depois, procurou os sindicatos para tentar “contornar o problema”.
Os agentes policiais reclamam que há dois anos estão tentando negociar um aumento. Eles prometem recrudescer ainda mais o movimento. Desde segunda-feira, começou a “operação tartaruga” onde boa parte dos servidores não está trabalhando e houve redução no volume de investigações e outros procedimentos.
“Tem muita gente reclamando do Governo. Mas essas pessoas sabem o que este Governo já fez” – disse o governador, sem esconder mágoas quanto as atitudes dos agentes policiais que o chamaram de “mentiroso”.
Por causa dos protestos dos policiais, foi cancelada a visita que o governador de São Paulo, José Serra, faria a Cuiabá nesta quarta-feira. Eles iriam celebrar convênio com o objetivo de estabelecer as bases de cooperação entre os dois estados na área de substituição tributária, de forma a buscar o aperfeiçoamento de arrecadação mútua, por meio de um controle na origem das operações feitas a contribuintes mato-grossenses. “Seria muito constrangedor um protesto” – ele disse.
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