Novo presidente diz que PT/MT assumirá dívida de R$ 4 milhões
Durante entrevista coletiva concedida antes mesmo de ser anunciado o resultado oficial do PED, Carlos Abicalil afirmou que o partido deverá assumir as contas de campanha eleitorais passadas. Também defendeu o deputado Alexandre Cesar, alvo de muitas críticas da gestão da senadora Serys Marly por ter deixado um rombo de aproximadamente R$ 4 milhões entre dívidas oficiais e extra-oficiais.
"Dívida de campanha é coletiva. Não pode ser responsabilizado apenas o candidato", afirmou Abicalil, ao ressaltar que a campanha do grupo de Serys baseada em debater as dívidas "deixam qualquer um cansado". Alexandre disputou o governo do Estado em 2002 e a Prefeitura de Cuiabá em 2004.
A crítica de Abicalil se refere ao fato de que Serys, em propagandas eleitorais gratuitas de rádio e TV, disse que a sua gestão não deixou nenhum dívida. Em entrevistas à imprensa, ela chegou a classificar o fato como irresponsabilidade da gestão de Alexandre. "Repisar o mesmo assunto desde 2005 não é a melhor forma de se conduzir o processo, até porque cabe ao dirigente assumir as responsabilidades do partido", completou.
Conforme A Gazeta revelou, em 2005 Alexandre deixou R$ 2,8 milhões em dívidas somente do diretório estadual. Da campanha a prefeito, ele declarou um rombo de R$ 964 mil. O problema é que a Justiça já determinou a execução dos bens do partido para pagamento de serviços prestados pela empresa de comunicação Inova, que deve receber R$ 544,3 mil da campanha de 2002. Mais de R$ 2 milhões também são cobrados judicialmente por empresas que garantem ter trabalhado na campanha a prefeito, mas o valor não aparece na prestação de contas do candidato. Abicalil afirmou ontem que só terá uma posição definitiva sobre o assunto quando isso for resolvido pela Justiça.
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