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Meio Ambiente
Segunda - 03 de Dezembro de 2007 às 13:39
Por: Fernando Leal

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O governo federal deu o primeiro passo para implantar nas escolas públicas do país a proposta de Mato Grosso que insere na disciplina Ciências – do conteúdo programático do Ensino Fundamental – a atividade prática obrigatória de produção de mudas de árvores.

Em nota técnica, a Secretaria de Biodiversidade e Florestas – órgão diretamente subordinado ao Ministério do Meio Ambiente – disse que a idéia “tem mérito pela iniciativa”, recomendou o apoio do MMA e sugeriu inclusão de instrumento financeiro que determine as condições necessárias de seu financiamento.

“Isso pode ser feito com a obrigatoriedade de transferência de um percentual a ser extraído das cotas de recursos oriundos de instrumentos destinados à educação”, afirmou o técnico do ministério e autor da nota – o gestor ambiental do Dflor/SBF, Hélio dos Santos Pereira. Ele se referiu ao Fundo Nacional de Educação Básica (FNDE).

A medida – inserida em projeto de lei do deputado Wagner Ramos (PR-MT) – contém elementos de orientação para o processo de produção de mudas, reciclagem de vasilhames plásticos, promoção da formação de engenheiros florestais, inclusão de mecanismos sistêmicos de educação no ensino estadual e promoção das espécies da flora mato-grossense, entre outras atividades.

Entre as ações previstas, está a possibilidade de cooperações técnicas tanto no âmbito dos agentes de educação estadual quanto para organização externa. “Nossa proposta tem um conjunto de valores. Entre eles, está a garantia de formar na juventude o ideal de preservação ambiental com manutenção das árvores e sua vegetação, consideradas indispensáveis ao equilíbrio sustentável do meio ambiente”, reforçou Wagner Ramos.

Através desse conceito, de acordo com o projeto, a produção das mudas terá objetivos sócio-político e educacional de:

a) proporcionar melhor entendimento das ciências na silvicultura mato-grossense;

b) aumentar a participação – no setor educacional – de engenheiros florestais e outros profissionais afins;

c) ofertar mudas nativas e outras para o plantio em todas as cidades mato-grossenses;

d) participar na captação de embalagens de refrigerantes deixadas como lixo urbano nas ruas, avenidas e praças públicas, que causam – notadamente nas épocas chuvosas – entupimentos nos bueiros e nas redes pluviais; e

e) defender efetivamente, com contribuição prática, os ecossistemas do pantanal mato-grossense, da bacia hidrográfica do Rio Prata e da bacia do Rio Amazonas.

O republicano mato-grossense disse ainda que a produção de mudas de árvores – ensinada nas escolas – também vai contribuir, de modo suplementar, com os setores públicos e privados. Isso poderá, segundo ele, ser demonstrado no aumento da oferta de mudas para fins de plantios racionais de reflorestamentos.

Entre os resultados diretos estão embelezamento e extrativismo, geração de rendas extras e mais inclusão social aos trabalhadores rurais, através das atividades das indústrias florestal e madeireira.

Ainda de acordo com a nota da Secretaria de Biodiversidade e Florestas, a proposta de Mato Grosso demonstra a necessidade de envolvimento da sociedade – a partir do processo de educação, na busca de solucionar em longo prazo as questões da recuperação de áreas degradadas e a produção florestal, por meio do fomento de mudas de espécies florestais.

“Ela ainda tem um universo de abordagem bastante amplo indicando a necessidade de solucionar problemas de reflorestamento, recuperação de áreas degradadas e conservação da biodiversidade por meio da formação educacional demonstrativa nas escolas públicas do Estado. Aprovado em primeira votação, o projeto de lei aguarda passar pelo segundo e último crivo dos deputados de Mato Grosso para ir a sanção governamental.





Fonte: Assessoria/AL

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