Jaime cobra "fatura" e começa a mandar no Dnit

O senador Jaime Campos, um dos caciques do DEM (ex-PFL), começa a exercer poder de mando no Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Essa influência foi "conquistada" com muita articulação e agora ele cobra a "fatura" pelo apoio imprescindível ao nome do seu primeiro suplente Luiz Antonio Pagot, nomeado à direção-geral do Dnit após seis meses de muita bombardeio e processo de resistência.

Por por meio do seu velho aliado Oswaldo Sobrinho, que atua na assessoria direta de Pagot, Jaime dita as cartas na autarquia detentora de um orçamento anual de R$ 12 bilhões. Sobrinho, que foi seu vice-governador (91/94), monitora tudo no Dnit e passa espécie de relatório para Jaime. Assim, o senador fica sabendo, por exemplo, a quantas andam as licitações para as principais obras no Estado.

Jaime também passou a exercer influência junto a Pagot. Mesmo com o estilo trator, o ex-secretário do governo Blairo Maggi é grato ao senador por este tê-lo ajudado a ocupar o cargo. Jaime não só foi o relator que pediu aprovação do nome na sabatina e em plenário no Senado, como até se indispôs com os colegas do DEM, tudo para emplacar Luiz Pagot num dos cargos mais cobiçados da máquina pública federal.

Além de Oswaldo Sobrinho e Pagot, Jaime Campos ainda indicou para cargo no Dnit Nilton de Brito, que atuou na secretaria estadual de Infra-Estrutura por indicação do senador e ainda Cesar Miranda, que está em Brasília desde 2000 e resolveu fechar o escritório de representação de prefeitos para assessorar Jaime e Pagot.

Pagot se vê agora "amarrado" a Jaime. Esse comprometimento pode até influenciar nas eleições de 2010. Em princípio, o diretor-geral do Dnit tem pretensões de concorrer a governador, assim como o senador.