Rapaz e irmão procuraram ambulatório de Blumenau. Profissional diz que não havia vagas no local na hora solicitada.
Paciente ferido diz que enfermeira negou atendimento e faz vídeo em SC

Uma enfermeira foi fagrada enquanto negava atendimento ao jovem Rannez Arankez, que pisou em um prego enquanto limpava o quintal de casa na última segunda-feira (13). Junto com o irmão, Rannez procurou o ambulatório Geral do Garcia, de Blumenau, por volta das 18h. Quando percebeu que Rannez não seria atendido, o irmão, John Kaater começou a gravar a conversa no celular. Já a enfermeira afirma que não negou atendimento.


 

"Me senti no direito de gravar para poder mostrar a situação que estamos passando, porque eles falam uma coisa que na realidade não tem nada a ver com o nosso dia a dia", relatou John. Apesar da insistência pela dor que estava sentindo, John teve atendimento negado pela enfermeira, que afirmou que até 21h o recebimento dos pacientes precisa ser agendado. Além disso, disse que naquele dia os médicos já haviam atendido a cota do ambulatório.


 

A enfermeira encaminhou John para o pronto-socorro mais próximo, mesmo com médicos plantonistas no ambulatório naquele horário. "A pessoa tem que agendar para ser atendido? Eu não sei o dia que eu vou machucar o pé ou quebrar o braço," protestou o paciente.


 

"Eu não neguei atendimento, eu ofereci vagas às 21h, porque a nossa rotina é essa. Então ele gritou comigo dizendo o seguinte: "você não vai me atender agora?". Eu disse: "agora eu não tenho vaga", aí aconteceu o que está na gravação", afirmou a enfermeira Ida Buratto.


 

A Prefeitura de Blumenau fez uma campanha orientando os moradores do município a utilizarem os ambulatórios como uma alternativa ao pronto-socorro. Ao relatar a existência de uma cota dos atendimentos médicos nesses ambulatórios, a diretora da Secretaria de Saúde de Blumenau, Andréa da Silva, manifestou-se contrária a atitude da enfermeira: "Na verdade, o usuário não foi acolhido da forma que deveria ter sido. Ele deveria ter sido encaminhado para um espaço reservado, ser atendido por um profissional e, se necessário, então encaminhado para um outro serviço dentro da própria unidade de saúde", argumentou.