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Meio Ambiente
Sexta - 30 de Novembro de 2007 às 22:23

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Considerado um dos principais males da vida moderna, a insônia atormenta qualquer pessoa. Mas será que o que você acha que é insônia é insônia mesmo? Segundo o médico Luciano Ribeiro Pinto, do Instituto do Sono, da Unifesp, a grande maioria dos pacientes que chegam em seu consultório reclamando de falta de sono dormem muito bem. Eles só acreditam que há um problema, que simplesmente não existe.

“O conceito de insônia é altamente subjetivo”, explicou Ribeiro Pinto ao G1. “Geralmente quando um paciente chega e reclama de insônia, ele está simplesmente dizendo que não está contente com seu sono.”

Segundo o médico, é comum pessoas afirmarem que não dormiram “a noite toda” ou que não dormem “há mais de um ano”. Quando seu sono é acompanhado pelos médicos, no entanto, se descobre que elas dormem, sim. “Elas têm uma percepção errada do sono. Sentem que ficaram muito mais tempo acordadas do que dormindo, mas, na verdade, dormiram horas”, conta o especialista.

De acordo com ele, apenas meia hora de sono separam, em média, quem diz dormir "muito bem, obrigado", e quem reclama de varar a noite aceso.

Geralmente, esses casos escondem outros problemas de ordem psicológica, que nada tem a ver com dificuldade para dormir. Pessoas ansiosas, que passam o dia inteiro “ligadas no 220” são um exemplo típico do “falso insone”. Deprimidos, também.

E embora a insônia de fato não se caracterize, os médicos ainda assim precisam agir. “É preciso ensinar a pessoa a perceber que ela está dormindo”, conta Ribeiro Pinto. A chave, para isso, são cerca de oito sessões de terapia corportamental-cognitiva.

Em um primeiro momento, a pessoa vai aprender a mudar seus comportamentos. “O que notamos é que, muitas vezes, quem reclama de falta de sono simplesmente passa tempo demais na cama”, explica o médico. “Seu corpo dorme quatro horas, mas ela fica oito, nove lá. Quando falamos para a pessoa passar apenas cinco horas deitada, tudo melhora”.

O segundo passo é mudar a “cognição”, mudar como a pessoa percebe o problema. “A idéia é ensinar que ela não precisa ficar desesperada, que ela está dormindo muito bem”, conta o professor da Unifesp.




Fonte: G1

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