Na TV, Lino Rossi tenta recuperar a credibilidade
Nesta quinta, marcando o quarto dia no ar, Rossi convocou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, para um debate sobre os índices de violência. Ele se diz amigo de Brito e avisou que pretende ser parceiro. “Eu quero jogar no seu time, quero trabalhar com o senhor”, disse o apresentador. Em seguida, diz: "O palanque é do senhor. Palanque, não, estúdio, porque aqui ninguém vai fazer politicagem.
Frases como, por exemplo, “quero Justiça”, “não vamos fazer politicagem”, “vou cobrar”, passaram a ser utilizadas com frequência por Rossi.
O problema é o descrédito. Ele não foi julgado e nem condenado pela Justiça mas, socialmente, está quase morto. Lino Rossi é alvo de duras críticas por defender, na TV, honestidade, transparência e probidade e combater a corrupção enquanto, como parlamentar, teria feito tudo o contrário. Ele foi vitrine, virou vidraça e agora tenta jogar pedra de novo. De terno e gravata e com grande capacidade de convencimento, Rossi procura em seu programa a válvula de escape para recuperação da imagem de boa índole. Na época do Cadeia Neles, ele era ovacionado e distribuía até autógrafo. Também já esteve à frente do Cidade Alerta Nacional.
Acusação
O ex-deputado é acusado de ter recebido R$ 3 milhões em propina para propor emendas individuais ou de bancada. Seria um dos articuladores do esquema entre políticos e a Planam, empresa de Darci e Luiz Vedoin.
Lino Rossi começou na vida pública como vereador por Cuiabá. Em 2000, disputou e perdeu a Prefeitura de Várzea Grande. Depois foi deputado federal por dois mandatos. Ele chegou a ter o pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética da Câmara. Seu processo, porém, não foi concluído. O mandato venceu primeiro.
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