Tom e Júlio vão sair do TCE no mesmo dia
A formalidade será no dia 12 e o afastamento em definitivo no dia 18, quando serão encerradas as atividades do Pleno deste ano. Enquanto no TCE a dupla baixa é tratada com a maior cautela, na Assembléia Legislativa, a quem cabe a indicação das duas vagas, o assunto é discutido abertamente e com disputa acirrada para os cargos.
Por fora, corre o governo do Estado, que tenta junto à Assembléia Legislativa antecipar a indicação para a composição do Pleno, que em tese tem direito à terceira vaga, após abertura das duas primeiras, que são do Poder Legislativo. Há contestação sobre a composição do Pleno do Tribunal de Contas por parte dos auditores, por meio do Sindicato dos Trabalhadores do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (SittContas).
A entidade ingressou com uma ação na Justiça, mas não obteve sucesso na primeira instância judicial, neste caso, para a vaga de Tom Spinelli, que foi o primeiro a oficializar a aposentadoria compulsória, quer dizer, por idade. Ele completa 70 anos em maio próximo.
Júlio deixa o TCE praticamente uma década antes de completar a idade para a compulsória motivada pelo retorno à vida política. Inicialmente, o conselheiro, que é ex-governador, ex-deputado federal, ex-estadual e ex-prefeito de Várzea Grande, quer retomar o cargo de gestor público municipal.
Tom Spinelli, como é conhecido o conselheiro, anunciou há cerca de um mês a aposentadoria, porém não quis revelar publicamente a data. Ele chegou ao Tribunal, por indicação do ex-governador Jayme Campos, hoje senador, e irmão de Júlio Campos. Ambos militaram no mesmo grupo político.
A vaga de Tom, que promete retornar à vida empresarial, é consenso na Assembléia Legislativa para ser do deputado estadual Humberto Bosaipo (DEM). Já a segunda, se for consenso, passa a indicação para o governo do Estado. O governador Blairo Maggi (PR) já reiterou que a sua opção é pelo nome do secretário de Fazenda Waldir Teis. Júlio e Tom só deixarão o Tribunal após concluir todas as relatorias das prestações de contas relacionadas ao ano de 2006.
O retorno de Júlio à política é estimulado por correligionários, mas enfrenta resistências na família. A maioria dos familiares aprova a retomada da vida partidária. No entanto, o irmão Jayme resiste à idéia, até porque também enfrentará problemas internos no DEM, que já tem outros nome para disputar a Prefeitura de Várzea Grande.

Comentários