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Politica Brasil
Quinta - 29 de Novembro de 2007 às 08:14
Por: Sonia Fiori

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O governador Blairo Maggi (PR) declarou apoio incondicional à aprovação da prorrogação da CPMF. Com a atual posição, o chefe do Executivo estadual assumiu a missão de tentar mudar os votos dos senadores Jayme Campos e Jonas Pinheiro, ambos do DEM. Os dois parlamentares já afirmaram ser contra o tributo. Maggi aposta na proximidade política com Jonas para tentar reaver a posição atual.

“É claro que o DEM tem uma posição no Senado, mas se isso ainda não estiver fechado podemos conversar com os senadores. Vamos lembrar que o imposto é necessário para a manutenção do setor da saúde do Estado. Se o DEM ainda não tiver fechado, acredito que temos chances, mas é claro, respeitando a posição dos senadores”, disse.

O anúncio de Maggi frente à disputa que se arrasta no Congresso entre governistas e oposição está atrelada à conjuntura política estadual e nacional. O governador confirmou sua respectiva posição em relação ao tributo na tarde de ontem para o coordenador da bancada de Mato Grosso no Congresso, deputado Carlos Abicalil (PT). Os entendimentos ocorrerem durante a Conferência Estadual de Educação, realizada no Hotel Fazenda Mato Grosso, que contou com a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad.

Abicalil destacou ainda a importância da aprovação da proposta que, segundo ele, é fundamental para o bom andamento das ações ligadas à área da saúde. O parlamentar acrescenta ainda a defesa do imposto à tese de que os recursos provenientes da CPMF colaboram para o desenvolvimento de pequenos municípios do Estado. Nesse contexto, a senadora Serys Slhessarenko também levantou a bandeira pela aprovação do tributo. A senadora destaca que parte da verba é remetida para o programa Bolsa Família.

Segundo o governador, sua posição em relação ao imposto não está atrelada ao apoio esperado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo de renegociação da dívida do Estado. “Não tem nenhum acordo. A questão da renegociação estamos discutindo, mas a posição da CPMF é um apoio pela necessidade de termos mais recursos para a área da saúde”, ponderou.

No Congresso, a posição do governo federal é de tentar somar pontos mesmo entre partidos da oposição. A base governista tenta angariar respaldo de indecisos e ainda firmar um acordo com partidos como o PSDB e DEM. A batalha promete ser difícil, já que a bancada do DEM levantou discurso que ressalta o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Recentemente, o senador Jayme Campos lembrou que o governo federal “tem de onde tirar mais dinheiro para aplicar na Saúde”. Campos reiterou que o crescimento do PIB supera as expectativas em relação à CPMF. Ao analisar o contexto, o senador disparou críticas ao governo federal. “Querem mais dinheiro para quê? Deve ser para aplicar na política”, disse.

No Congresso, o governo federal também amarga a perdas de apoio de partidos da base de coalizão, caso do PTB. O partido declarou sua respectiva saída do grupo de apoio alegando que o governo não teria “tratado a legenda conforme o prometido”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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