Conselheiro diz que auditoria interna foi desnecessária e “quase simbólica”
Relator do processo que reprovou as contas do exercício de 2006 da Câmara de Vereadores de Cuiabá nesta terça-feira, o conselheiro Júlio Campos (foto) disse que a auditoria interna, contratada pelo atual presidente, Lutero Ponce (PMDB), foi desnecessária, superficial e “quase simbólica”. “Um documento com 13 folhas que visava mais uma reorganização administrativa financeira da Câmara do que uma auditoria com relação às contas da gestão anterior”, criticou o conselheiro.
Segundo levantamento e análise da equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a empresa AP Auditores e Consultores, contratada para realizar o trabalho na Câmara, recebeu o pagamento de forma antecipada no valor de R$ 76,5 mil nos meses de fevereiro, março e abril, sendo que o levantamento só seria concluído em junho. “Quer dizer, já ficou uma irregularidade que será cobrada da atual gestão”, completou o conselheiro, que no voto diz que a contratação da empresa atenta contra o princípio da “economicidade, do zelo ao erário e principalmente da qualidade do gasto público”.
Desde que foi concluída, o presidente se negava a apresentar o resultado da auditoria, argumentando inclusive que o processo corria sob sigilo da Justiça. Nesta tarde, o presidente concede entrevista coletiva à imprensa sobre o assunto.
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