Municípios de Mato Grosso querem repasse dos créditos de carbono para o seu desenvolvimento

A maior dificuldade que o Estado de Mato Grosso enfrenta hoje é a questão infra-estrutural. E o meio ambiente é o principal foco neste contexto. A afirmação foi feita pelo secretário-adjunto de Planejamento e Coordenação Geral de Mato Grosso, Oscemário Fortes Daltro durante entrevista à Radiobrás, na 3ª Conferência Nacional das Cidades, aberta nesta segunda-feira (26.11), no Centro de Convenções “Ulisses Guimarães”, em Brasília (DF).

Segundo ele, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem uma importância fundamental na questão estrutural e ambiental, com o PAC do saneamento, em andamento na Capital e nas três maiores cidades em população do Estado. Ele observou que o modal de Mato Grosso é baseado em rodovias e então é necessário a melhoria dos principais eixos de escoamento da produção de Mato Grosso, além da implementação das hidrovias e da ferrovia que ainda não chegou a Cuiabá, entre outros.

Uma outra reivindicação dos municípios mato-grossenses, ainda de acordo com Oscemário Daltro, é que Mato Grosso está inserido na região da Amazônia Legal, daí a defesa de que os recursos dos créditos de carbono sejam revertidos para o Estado e os municípios que ainda possuem reservas naturais.

Neste sentido também, a questão da preservação ambiental é prioridade de governo, já que o governador Blairo Maggi tem determinado a não abertura de novas frentes para a agricultura ou a pecuária, mas sim, o aproveitamento daquelas áreas degradadas. “O governo tem defendido firmemente a recuperação das áreas degradadas e a não abertura de novas frentes, novos desmatamentos para a agricultura e a pecuária”, assinalou Oscemário Daltro.

Para ele, isto significa uma ampliação da produção nos limites dessas áreas já degradas sem abertura de novas áreas e a recuperação dessas e outras não utilizadas com propostas de reflorestamento. “Temos inclusive um protocolo assinado pelo governo do Estado com entidades representativas dos produtores rurais, instituições de pesquisa como universidades e organizações não governamentais”, observou.