Mais 7 parlamentares aguardam julgamento

Além dos deputados Gilmar Fabris (DEM), Chica Nunes (PSDB) e Pedro Henry (PP), que foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), outros sete deputados mato-grossenses foram denunciados por compra de votos somente na campanha do ano passado. Dois deles são os federais Eliene Lima (PP) e Wellington Fagundes (PR).

Os deputados José Riva (PP), Mauro Savi (PR), Guilherme Maluf (PSDB), José Domingos Fraga Filho (DEM) e Humberto Bosaipo (DEM) também foram denunciados formalmente pelo mesmo crime que já custou o mandato de três parlamentares mato-grossenses apenas na última quinta e sexta-feira.

A situação mais tranquila é de Wellington, já que o TRE arquivou a representação do Ministério Público Eleitoral sob argumento de que faltam elementos para fundamentar uma eventual cassação. Ele também foi acusado de abuso de poder político por ter se beneficiado pela programação de emissoras de rádio do interior, mas se livrou da condenação.

O número de parlamentares processados por compra de votos é grande: envolveu ao todo 10 deputados, considerando o caso de Chica, Henry e Fabris, que deverão perder os cargos imediatamente após a publicação do acórdão do TRE, o que deve ocorrer até a próxima semana.

Os próximos processos que devem entrar na pauta do Tribunal Regional Eleitoral devem ser dos deputados José Riva e Eliene Lima. Riva responde a 14 processos, enquanto o seu correligionário é alvo de seis. Os casos devem se julgados ainda neste ano.

Também correm o risco da cassação o deputado estadual Percival Muniz (PPS) e o federal Homero Pereira (PR). O primeiro espera o julgamento dos seus últimos recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para evitar a perda do diploma por ter convênios rejeitados pela Justiça e firmados ainda quando era prefeito de Rondonópolis. Homero é acusado de ter se beneficiado de servidores públicos que teriam deixado de trabalhar para fazer campanha em horário de expediente.