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Politica Brasil
Domingo - 25 de Novembro de 2007 às 14:16

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O deputado federal Carlos Abicalil (PT) só aceita o convite do governador Blairo Maggi (PR) para ser o candidato do grupo a prefeito de Cuiabá em 2008 com uma pré-condição: se as dívidas milionárias do PT, contraídas pelo ex-presidente Alexandre Cesar, forem todas pagas. Por incrível que pareça, essa condição já foi imposta por Abicalil ao próprio Maggi. E por incrível que pareça, o governador sinalizou com a possibilidade de buscar meios para equacionar o rombo no caixa do PT. Esse abacaxi plantado pelo deputado Alexandre e que precisa ser descascado elevaria o custo da campanha.

Ao todo são quase R$ 5 milhões. São dívidas junto a empresas, inclusive feita por meio de caixa 2, da campanha de Alexandre a prefeito da Capital em 2004. Há uma explicação lógica para a preocupação dos aliados Abicalil e Maggi em relação às dívidas. Sem equacionar essa questão financeira, uma eventual candidatura do petista ao Palácio Alencastro enfrentaria muito desgaste e ataques das oposições, principalmente do prefeito Wilson Santos (PSDB), que vai à reeleição.

Abicalil é o candidato preferido de Maggi, mesmo que este mantenha o discurso de, em público, defender o nome à disputa do presidente da Assembléia, deputado Sérgio Ricardo, dirigente do PR da Capital. Maggi entende que o federal petista é o único nome capaz de derrotar Santos e por isso vem insistindo para Abicalil concorrer ao pleito. O único impasse é a dívida. Há mais de 30 execuções judiciais contra o PT e Alexandre. Isso se transformaria numa bomba de efeito retardado nas mãos dos opositores.

Um pré-acordo de bastidores definiu que, se o petista aceitar concorrer a prefeito da Capital, o vice será indicado pelo governador. Seria o empresário Mauro Mendes, presidente da Federação das Indústrias (Fiemt), ou Carlos Brito, secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública. Ambos foram para o PR de última hora a pedido de Maggi.

Em meio a essas conjecturas, entra também o cenário eleitoral de 2010, quando Maggi concorrerá ao Senado. Nesse caso, o rei da soja teria em Cuiabá, com uma eventual eleição de Abicalil a prefeito, o grande trunfo para conduzi-lo ao Congresso Nacional.

Assim, a turma da botina e o PT juntos pensam em minar reação de ao menos dois blocos oposicionistas. São eles: o tucanato de Wilson Santos, que sonha em ser governador mas, antes, precisa passar pelo teste da reeleição; e a tríplice-aliança (DEM/PP/PMDB), articulada pelo deputado progressista José Riva, que está disposto a concorrer ao Senado. Por esse grupo, o DEM lançaria o senador Jaime Campos para governador e, o PMDB, concorreria a uma cadeira à senatória, com o atual vice Silval Barbosa ou com o deputado federal Carlos Bezerra.





Fonte: RD News

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