Fabris é amigo de Arcanjo e tem fama de bravo
Eleito com 20.057 votos após dois mandatos na suplência, Fabris não tem papas na língua, costuma endossar o discurso com expressões pejorativas, em tom agressivo e intimidador. Nesta sexta, por exemplo, durante a convenção regional do DEM no plenário da Assembléia, ele disparou críticas contra juizes-membros do TRE. Parecia que já estava antevendo o resultado. Seis horas depois, teve o mandato cassado por unanimidade do Pleno - clique aqui e leia mais.
Ex-vereador por Rondonópolis (89/92), Gilmar Fabris já presidiu a Assembléia (95/96). À época lançou a pedra fundamental para construção da sede própria do legislativo. O projeto só foi consolidado na prática uma década depois. A obra ficou embargada por vários anos, sob suspeita de irregularidades.
Nas eleições de 2002, Fabris investiu pesado na campanha e os 14.658 votos conquistados lhe garantiram apenas a 1ª suplência. Depois, com colaboração dos titulares, ele assumiu cadeira.
Em sua trajetória, Fabris enfrentou vários embates na Assembléia. Em 2004, numa discussão sobre greve dos profissionais da educação com a então deputada Vera Araújo, hoje secretária-adjunta de Gestão de Pessoas da pasta da Educação, Fabris amedrontou a petista. Lembrou que quando presidia a AL presenciou discussões acirradas e até agressão física na galeria: "Isso aqui é igual luta de boxe. E não adianta! Cada um tenta acertar ... é no rim, é no estômago e ... assim vai até à lona!."
Agora, eis que Fabris se vê obrigado a tirar o time de campo como parlamentar. Foi nocauteado pela Justiça Eleitoral, em nome do cidadão que não vende a consciência. Vale a frase que marca a campanha do MCCE: "Voto não tem preço; tem consequências", inclusive para quem o compra.
Comentários