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Politica Brasil
Sábado - 24 de Novembro de 2007 às 07:14

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O polêmico Gilmar Fabris (DEM), que teve mandato cassado por decisão do TRE em sessão nesta sexta, é daqueles que não levam desaforo para casa e já se envolveu numa série de brigas e polêmicas. Na Assembléia, a cada vez que ele subia à tribuna, o clima ficava tenso. Ex-presidente do legislativo estadual, Fabris é um dos poucos parlamentares com coragem de vir a público defender o ex-policial civil, "comendador" João Arcanjo Ribeiro, preso sob acusação de comandar o crime organizado. Até hoje o parlamentar cassado por compra de votos tem contato com o amigo Arcanjo, agora preso em Campo Grande (MS).

Eleito com 20.057 votos após dois mandatos na suplência, Fabris não tem papas na língua, costuma endossar o discurso com expressões pejorativas, em tom agressivo e intimidador. Nesta sexta, por exemplo, durante a convenção regional do DEM no plenário da Assembléia, ele disparou críticas contra juizes-membros do TRE. Parecia que já estava antevendo o resultado. Seis horas depois, teve o mandato cassado por unanimidade do Pleno - clique aqui e leia mais.

Ex-vereador por Rondonópolis (89/92), Gilmar Fabris já presidiu a Assembléia (95/96). À época lançou a pedra fundamental para construção da sede própria do legislativo. O projeto só foi consolidado na prática uma década depois. A obra ficou embargada por vários anos, sob suspeita de irregularidades.

Nas eleições de 2002, Fabris investiu pesado na campanha e os 14.658 votos conquistados lhe garantiram apenas a 1ª suplência. Depois, com colaboração dos titulares, ele assumiu cadeira.

Em sua trajetória, Fabris enfrentou vários embates na Assembléia. Em 2004, numa discussão sobre greve dos profissionais da educação com a então deputada Vera Araújo, hoje secretária-adjunta de Gestão de Pessoas da pasta da Educação, Fabris amedrontou a petista. Lembrou que quando presidia a AL presenciou discussões acirradas e até agressão física na galeria: "Isso aqui é igual luta de boxe. E não adianta! Cada um tenta acertar ... é no rim, é no estômago e ... assim vai até à lona!."

Agora, eis que Fabris se vê obrigado a tirar o time de campo como parlamentar. Foi nocauteado pela Justiça Eleitoral, em nome do cidadão que não vende a consciência. Vale a frase que marca a campanha do MCCE: "Voto não tem preço; tem consequências", inclusive para quem o compra.





Fonte: RD News

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