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Cultura
Sexta - 23 de Novembro de 2007 às 18:49

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A cena lembra um filme de ficção científica. Um pano claro cobre a caixa de vidro e esconde, por alguns instantes, o objeto que tem atraído a atenção de curiosos a um museu no interior de Minas Gerais. Ao retirar o pano, o mistério não cessa. Pelo contrário, aumenta, quando fica visível o esqueleto mumificado de um ser desconhecido. O esqueleto faz parte do acervo do Museu de História Natural Wilson Estevanovic, de Uberaba (MG), e que estará em exposição em Mato Grosso.

O museu foi criado há 10 anos pela família Estevanovic para expor uma série de objetos 'misteriosos' ligados à história mundial. São peças diversas como múmias, fósseis de dinossauros e até mesmo meteoritos. A peça mais famosa é o de um esqueleto de proporções singulares que, segundo os diretores do museu, pertencem a um ser 'não terrestre'. Wellington e Carlos Magno Estevanovic, responsáveis pelo acervo, garantem que fizeram uma série de exames na peça e que ela não possui similaridade na Terra.

Um legado familiar

A história desses objetos misteriosos veio à tona na década de 90. À beira da morte, o pai, Wilson Estevanovic, deu ao filho Wellington a missão de recolher as peças que hoje compõem o museu. Grandes caixas de madeira espalhadas pelas casas de amigos em diversas cidades do país precisavam ser resgatadas e abertas para dar início ao sonho do pai de montar o museu.

"Meu pai estava em fase terminal, com leucemia hemorrágica. Ele disse para eu buscar essas caixas em outras cidades, que eram um legado da família", revela Wellington. Segundo ele, uma ordem expressa foi dada pelo pai momentos antes de morrer. A caixa número 7 deveria ser aberta apenas sete anos após a morte de Wilson. A ordem, mesmo contrariado, o filho cumpriu à risca.

A desconfiança começou a ruir quando as caixas foram encontradas nos locais indicados pelo pai. Uma a uma, foram abertas e revelaram objetos inusitados, como fósseis e múmias. Algumas delas têm características bizarras, como uma múmia que parece ser de um recém-nascido com duas cabeças. "Coletamos 103 peças dos nossos antepassados", lembra.

Esqueleto misterioso

Wellington revela que obedeceu a recomendação do pai para abrir a caixa apenas sete anos após a morte de Wilson. No dia determinado, 30 de maio de 2004, a caixa foi retirada da laje da casa, onde estava guardada. Era de madeira, trancada com cadeado. Ao romper a tranca, a surpresa. Dentro havia o esqueleto mumificado de um ser com características inusitadas. A cabeça mede 97 centímetros. Da traquéia à bacia, 12 centímetros. Os olhos são desproporcionais, não há ouvido, a arcada dentária está completa e há seis dedos nos pés.

Ao lado do esqueleto, na mesma caixa, uma pedra. "É um fragmento de meteorito com 14 quilos", explica, citando características da suposta 'pedra do espaço'. "Tem a crosta queimada, a densidade é elevada, tem a cor esverdeada", completou.

Os responsáveis pelo museu em Uberaba afirmam que realizaram exames com a ossada encontrada. Segundo a família Estevanovic, um exame de densidade óssea revelou que o esqueleto tinha propriedades incomuns. "Fizemos um exame de densidade e o resultado foi impressionante. A densidade óssea humana varia de 500 a 1.500. Desse ser deu 30", exclamou. Uma tomografia também foi feita e detectou que o esqueleto não seria uma 'montagem'.

Esqueletos de seres diminutos e com cabeça avantajada são atribuídos costumeiramente a casos de hidrocefalia, doença que se caracteriza pelo acúmulo de líquido no crânio. Carlos Magno, formado em história, avalia que esse não é o caso do esqueleto exposto no museu. Isto porque a hidrocefalia se daria na parte superior do crânio e, no esqueleto, toda a cabeça é desproporcional. Além disso, outras anomalias são verificadas.

Era o esqueleto um extraterrestre?

O psicólogo Ataíde Ferreira da Silva Neto, que é presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas (Ampup), visitou o museu em Uberaba e conhece as peças inusitadas que fazem parte do acervo de Estevanovic. Ataíde afirma não saber do que trata o esqueleto do suposto ser 'não terrestre', mas que o caso deve ser investigado. "Achei muito curioso para avaliação. O esqueleto necessita ser analisado em benefício da ciência", observa Ataíde, que também é estudioso em parapsicologia. O caso, para ele, tem que ser investigado como "uma possível prova de um ser não terrestre". Mesmo reconhecendo a excentricidade da múmia, Ataíde e os irmãos Estevanovic evitam tratar tal esqueleto como um ser que veio de outro planeta.

Ataíde explica que, como psicólogo, não pode dar um parecer sobre a peça em exposição. Ele ressalta, no entanto, que há relatos de lendas indígenas sobre 'semi-deuses' vindos das estrelas que teriam cabeça desproporcional e seis dedos nos pés. A múmia do museu Estevanovic também tem a cabeça desproporcional e seis dedos nos pés.

Exposição

Carlos Magno e Wellington afirmaram que a intenção deles é difundir a informação. Querem mostrar esses objetos para a população e tentar buscar uma explicação para esses seres estranhos.

Atualmente o museu tem 25 mil peças, muitas delas adquiridas em antiquários e outras recebidas por meio de doações. "Uma das vedetes é o esqueleto de um Tiranossauro Rex, que tem 14 metros de comprimento e cinco de altura. Temos também uma múmia egípcia", garante Wellington. Para divulgar o museu, os irmãos juntaram peças curiosas do acervo, colocaram na carroceria de uma caminhonete 67 e estão percorrendo algumas cidades. Cuiabá foi uma das escolhidas.

"Estamos tentando acertar exposições em Cuiabá e Chapada dos Guimarães. Se você não vai ao museu, o museu vai a você", disse Wellington. A expectativa dos diretores do museu é de que consigam local nas duas cidades para abrigar a exposição. Outra possibilidade é de que as peças 'misteriosas' sejam levadas a escolas públicas e particulares da capital.




Fonte: TVCA

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