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Politica Brasil
Sexta - 23 de Novembro de 2007 às 15:28

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O médico-anestesista e deputado cassado Pedro Henry (PP), 50, conseguiu salvar o mandato em meio à acusação de envolvimento no mensalão, escândalo que quase derrubou o governo do presidente Lula em 2005. Enfrentou até CPI e foi absolvido pelo plenário da Câmara. Agora, perde o mandato, a partir de uma representação do MPE junto ao TRE. Foi acusado de comprar votos em Cuiabá em sua campanha à reeleição no ano passado.

Henry está no terceiro mandato e vai enfrentar uma batalha jurídica no TSE para reaver a cadeira, a ser ocupada pelo suplente Chico Daltro. Ele iniciou sua carreira na vida pública como vice-prefeito de Cáceres, pelo PPS, em 1992. Depois foi diretor-administrativo da Sanemat. Depois, elegeu-se deputado federal pelo PDT, em 1996. Em 1998, foi eleito novamente pela Câmara, desta vez pelo PSDB. Seu terceiro mandato veio em 2002, pelo PPB (atual PP), quando teve 120.840 votos, até então o mais votado da história da bancada federal mato-grossense. No ano passado, mesmo enfrentando uma série de denúncias, se reelegeu com 73.312. Também foi filiado ao PTB, de 1989 a 1991, mas não exerceu mandatos eletivos pelo partido.

Henry foi acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos responsáveis pela distribuição do mensalão no PP e de oferecer compensações financeiras para que deputados trocassem de partido. O relator do processo contra Henry no Conselho de Ética, Orlando Fantazzini (PSOL-SP), pediu a cassação. O relatório, no entanto, foi rejeitado, por nove votos a cinco, pelos membros do Conselho. A rejeição do primeiro relatório obrigou o Conselho a designar novo relator, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que elaborou um novo parecer pedindo a absolvição.

Irmão do prefeito cacerense, Ricardo Henry, Pedro Henry foi denunciado em todos os escândalos recentes no Congresso Nacional. É um dos 40 mensaleiros que respondem a processo no Supremo Tribunal Federal até por formação de quadrilha. O mato-grossense chegou a assumir a liderança da bancada do PP na Câmara. Tinha trânsito livre no Palácio do Planalto e foi até convidado pelo presidente Lula para assumir o Ministério. Divergências internas e briga com o então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, impediram-no de virar ministro. Agora, sem mandato, perde força política.





Fonte: RD News

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