Wallace avisa que não desiste e defende critério
O deputado Wallace Guimarães (DEM), que vive numa corda bamba para conseguir firmar sua candidatura a prefeito de Várzea Grande, não recua e lança um desafio aos democratas: critério das pesquisas qualitativas. Como o conselheiro do Tribunal de Contas, Júlio Campos, resolveu entrar na disputa, o deputado propõe, então, que seja escolhido o nome que melhor aparecer nas pesquisas sobre intenções de voto. Nesse caso, se o critério fosse aplicado hoje, Wallace seria escolhido.
Na avaliação de Wallace, seria espécie de uma pré-eleição interna entre ele próprio e Júlio, que já foi prefeito várzea-grandense, deputado federal, governador e senador e agora quer retomar à militância político-partidária. O cargo de conselheiro concede a Júlio a prerrogativa de se aposentar, se filiar a alguma sigla e entrar na disputa seis meses antes das eleições.
Publicamente, Wallace considera "natural" a disputa interna com Júlio, irmão do senador Jaime Campos e um dos caciques do DEM (ex-PFL). Já nos bastidores, o parlamentar se mostra uma fera. Considera que está sendo vítima de conspiração num processo de fritura. Como não pode mais mudar de legenda, já que a legislação eleitoral estabelece um ano antes para troca no caso de quem concorrerá às eleições, só resta ao deputado a busca de um entendimento com os Campos.
"Estou confiante, pois apareço bem nas pesquisas", destaca Wallace, numa referência à amostragem da pesquisa Mark, em que apareceu em segundo lugar - leia mais aqui. Wallace enfatiza que não é de fugir de desafios e entende que Júlio tem carta-branca no partido. O pré-candidato cobra uma discussão interna do partido sobre o assunto e assegura que o DEM não fez qualquer comunicado em relação a eventual candidatura do conselheiro. "Ele (Júlio) sempre me fala que não quer ser candidato, mas também porque ele sairia do TCE?", avalia Wallace.
Mesmo que os democratas neguem, Júlio Campos está mesmo de malas prontas para deixar a cadeira vitalícia do TCE. A aposentadoria lhe garantiria o salário mensal de R$ 22 mil. O próprio governador Blairo Maggi (PR) tem interese na "inatividade" de Júlio Campos. É que pretende nomear à vaga o seu secretário de Fazenda, Waldir Teis, já que a próxima cadeira a ser desocupada por Ubiratan Tom Spinelli já está assegurada ao deputado Humberto Bosaipo (DEM) - leia mais aqui. (Pollyana Araújo)
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