Deputado defende investimentos em ferrovias
O deputado Victório Galli (PMDB-MT) repercutiu na Câmara levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em que aponta que cerca de 22 bilhões de reais por ano são os prejuízos causados pelo péssimo estado de conservação das estradas no país, com reflexos graves no setor do agronegócio. Para o deputado, a situação reforça a necessidade de estabelecimento de uma ampla rede ferroviária.
"Há outras propostas que podem mudar a perspectiva do transporte de cargas no Brasil, independentemente dos recursos a serem liberados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A implantação de ferrovias representaria um ganho fundamental para a economia brasileira, por atuar, de forma positiva, na solução de todos os problemas apontados", defendeu Victório.
Para o deputado, o setor do agronegócio, especialmente, que participa com apenas 15% do total de cargas transportadas por ferrovias, a incrementação do sistema ferroviário representaria uma alavanca de importância fundamental, capaz de modificar as perspectivas da produção nacional.
Segundo a pesquisa do Ipea, o problema é ainda mais grave nas chamadas novas fronteiras agrícolas, mais exatamente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, que, em razão de muito esforço e muito investimento, começaram a produzir de forma mais relevante nos últimos anos, com bons resultados para as economias regionais.
As péssimas condições das estradas, observou Victório, atrasam e encarecem o escoamento da produção. Buracos e falta de sinalização não causam apenas acidentes, "o que por si só já exigiria providências urgentes", mas são responsáveis pela deterioração das cargas e por avarias nos veículos, cujos custos são necessariamente repassados ao preço final para o consumidor.
"O problema gerado na infra-estrutura reflete até na redução da competitividade do País no mercado internacional. Portanto, a situação exige uma revisão total do transporte de cargas no Brasil, seja pela concessão das rodovias à iniciativa privada, seja pela cobrança pública de tarifas por meio de pedágios", defendeu.
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