Rogério Salles vira oposição e critica o prefeito Sachetti
O ex-prefeito (94/96) e ex-governador (2002) Rogério Salles, que em 2004 enfrentou divergências no PSDB para apoiar o hoje prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti (PR), resolveu virar oposição. Ele assume a condição de "prefeitável" e já dispara críticas a Sachetti. Disse que o prefeito desenvolve projetos isolados da população. "A obrigação do poder público é construir projetos em parceria com a sociedade, o que não está acontecendo com a atual administração".
Salles admite que, apesar do desgaste popular, Sachetti é forte candidato a um novo mandato. Ele reconhece que não será fácil enfrentá-lo nas urnas e prepara sua campanha eleitoral, pensando no corpo-a-corpo. Adianta que vai bater de porta-em-porta em busca de apoio do eleitorado.
Esta pode ser a primeira vez que Salles concorrerá como cabeça de chapa. As duas vezes em que chegou ao poder, foram como vice. Primeiro, se elegeu vice do então prefeito Carlos Bezerra, em 92. Como Bezerra ganhou para o Senado, Salles conclui o mandato de prefeito. Em 99, Salles conquista a cadeira de vice-governador quando Dante de Oliveira garantiu a reeleição. Em 2002, o titular renuncia ao mandato para tentar, sem êxito, uma vaga no Senado e Salles, então, termina os últimos oito meses do mandato.
Rogério Salles é tido pela direção estadual do PSDB, sob Wilson Santos, como candidato nato do partido à sucessão em Rondonópolis. Seria uma forma do tucanato marcar posição e "ressuscitar", já que enfrenta processo fraticida após perder o comando do Palácio Paiaguás. Em 2002, por exemplo, o PSDB tinha 55 prefeitos. Hoje, são apenas 5. "A disputa para prefeito faz parte do meu projeto político". Salles enaltece sua gestão enquanto prefeito. "Fizemos (enquanto prefeito) os projetos para a construção do aeroporto e do hospital regional. Daí, quando me elegi governador, os executei".
Para o tucano, o fato de Rondonópolis vir a ter um prefeito de um outro partido senão do PR do governador Blairo Maggi não vai interferir em futuras parcerias para viabilizar recursos. "O governador é do Estado e não de determinado município".
Sobre o governo Maggi, o ex-governador também o critica. "Ele (Maggi) ainda não pegou o ritmo como deveria". Considera que a administração estadual precisa priorizar um projeto de desenvolvimento para o Estado. "Maggi criou o MT+20, mas não está dando a ênfase que deveria ser dado".
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