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Politica Brasil
Terça - 20 de Novembro de 2007 às 08:03
Por: Téo Meneses

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Do total de 1,9 milhão de eleitores existentes em Mato Grosso, 307,3 mil (15,8%) são filiados aos 28 partidos devidamente registrados na Justiça Eleitoral. Esses números mostram que a participação política tem aumentado nos últimos anos entre o eleitorado do Estado.

De acordo com as novas listas de filiados encaminhadas pelos partidos ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e atualizada no último dia 15 de outubro, o número de militantes do Estado subiu quase 50%. Saiu de pouco mais de 200 mil para exatos 307.320.

Os números do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmam essa tendência. Mostram que Mato Grosso é o Estado brasileiro que mais cresceu em número de filiados a partidos. O crescimento foi de 152% entre 2002 e 2007 e representava 10,5% do eleitorado no primeiro semestre deste ano.

De acordo com a pesquisa, há pouco mais de quatro anos Mato Grosso tinha 81 mil filiados e um eleitorado de 1,7 milhão. Esse número chegou a 204 mil até o último mês de março, o que representou uma diferença de 123 mil filiações. Agora, superou a faixa de 220 mil. Os dados sobre as filiações são atualizados duas vezes por ano, já que as agremiações são obrigadas a encaminhar os dados até os meses de abril e outubro.

Apesar do crescimento no quadro de filiados, isso não significa dizer que representa também maior politização do eleitorado. Essa é a opinião de vários cientistas políticos, como o professor Lourembergue Alves. Ele alega que filiação partidária é diferente de militância política. A primeira exige apenas um cumprimento de determinadas imposições legais, enquanto a militância significa vivência dos ideais partidários e identificação com o conjunto de idéias representado pelas legendas.

Em entrevista para A Gazeta, o professor avaliou que muitas dessas filiações são motivadas pelo interesse de algumas pessoas em estar próximas ao poder. Isso poderia ser comprovado, principalmente, em anos pré-eleitorais, quando as articulações visando as disputas nas urnas começam a ser traçadas. O número surpreende, no entanto, por causa da aparente rejeição à política motivada pelos últimos escândalos de corrupção que marcaram o país.





Fonte: Gazeta Digital

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