Serys é a única mato-grossense a favor da CPMF
A ex-combativa senadora Serys Marly (PT) que, enquanto deputada estadual liderava luta contra a carga tributária, agora vai votar pela prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Já os ex-pefelistas e hoje democratas Jaime Campos e Jonas Pinheiro, tidos como políticos da ultra-direita, são contra o chamado imposto do cheque. Essa é a situação paradoxal em que vive os três senadores mato-grossenses.
Serys alega que cumpre orientação do seu PT, mesmo partido do presidente Lula. Jaime e Jonas, com discurso de oposicionistas, também seguem o caminho apontado pelo DEM. Apesar disso, membros da cúpula dos democratas acham que, no fritar dos ovos, os dois senadores vão votar com o governo.
A CPMF já passou pela Câmara dos Deputados. Dos oito federais mato-grossenses, somente a deputada Thelma de Oliveira (PSDB) votou contra a prorrogação do imposto. Os outros que votaram pela continuação da CPMF foram: Valtenir Pereira (PSB), Carlos Abicalil (PT), Pedro Henry (PP), Eliene Lima (PP), Homero Pereira (PR), Victório Galli (PMDB), que substitui Carlos Bezerra, e Wellington Fagundes (PR).
No Senado, continua a discussão sobre a emenda que propõe a incidência de 0,38% sobre todas as movimentações financeiras. A articulação da base é para votar a prorrogação da CPMF, em primeiro turno, no começo de dezembro para que a cobrança não seja interrompida. Precisa ser aprovada até 31 de dezembro. Caso contrário, terá que paralisar a cobrança por 90 dias, contados a partir da promulgação da Proposta de Emenda Constitucional. Os governistas alegam que sem a CPMF investimentos na área da saúde ficam comprometidos.
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