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Politica Brasil
Segunda - 19 de Novembro de 2007 às 12:39

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Licenciado da presidência do Senado desde 11 de outubro, Renan Calheiros (PMDB-AL) deve renunciar definitivamente ao cargo nesta semana. A renúncia deve ser formalizada até quarta-feira (21). É que na quinta-feira (22) o plenário do Senado vota mais um processo por quebra se decoro parlamentar contra Renan. Nesse processo, Renan é acusado de usar "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas.

Segundo reportagem da Folha, Renan espera contar com os votos do PT para escapar do pedido de cassação. Em troca, ele renuncia à presidência do Senado num sinal de boa vontade com o Planalto, que precisa pacificar a Casa para aprovar a PEC (proposta de emenda constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF até 2011.

Se a renúncia for confirmada, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), terá cinco dias para convocar novas eleições para a presidência do Senado.

O PMDB já se articula nos bastidores para garantir a indicação de um nome do partido para substituir Renan na presidência do Senado.

Reservadamente, as lideranças do PMDB começaram a estudar nomes viáveis para substituir Renan e assim evitar que o PT --ou a própria oposição --decida entrar na corrida pelo comando da Casa.

A Folha Online apurou que os peemedebistas estudam lançar um nome capaz de unir forças na Casa para evitar a disputa pelo cargo. A idéia do partido é conseguir, por consenso, eleger o sucessor de Renan. Entre os nomes articulados pelo partido, estão os dos senadores Edison Lobão (MA), Garibaldi Alves (RN), Pedro Simon (RS) e José Sarney (AP).

A cúpula do partido avalia que os quatro senadores poderão obter o respaldo de grande parte do Senado, o que reduz a possibilidade de um candidato externo à legenda vencer a disputa. Os quatro nomes, porém, enfrentam resistências dentro da própria bancada e do Palácio do Planalto.

Lobão é recém-filiado ao PMDB --ingressou na legenda em outubro deste ano. É um nome articulado por Sarney --um de seus principais aliados--, mas não tem o aval de todo o partido por estar há pouco tempo na legenda.

Sarney, também cotado na disputa, afirma nos bastidores que só aceita entrar na corrida pela presidência da Casa se tiver o apoio integral da bancada. Oficialmente, Sarney nega a disposição de se tornar o novo presidente do Senado.

Garibaldi, por sua vez, é um nome visto sem ressalvas pela legenda, enquanto Simon tem como principal entrave a pressão contrária do Palácio do Planalto --já que é um dos "rebeldes" do PMDB por constantemente desrespeitar orientações partidárias nas votações.

Renan, por outro lado, defende o nome do senador José Maranhão (PB) para o cargo --um de seus principais aliados na Casa--, mas que não tem o aval da bancada.

Mais disputa

A oposição promete lançar um nome na disputa se o PMDB apresentar um candidato que não receba o seu aval.

"Caso o PMDB mande um nome que não nos interessa, vamos lançar um nome nosso para competir. Tem que ser alguém com a noção de instituição que a Casa merece", disse na sexta-feira o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

O PSDB e o DEM apóiam o nome dos senadores Jarbas Vasconcelos (PE), Gerson Camata (ES) e Pedro Simon (RS) na disputa --já que os três têm postura "independente" em relação ao governo. A base aliada, no entanto, rejeita os nomes dos três parlamentares.

Sem alarde, os governistas também se articulam para lançar um nome alinhado com o Palácio do Planalto caso um dos "dissidentes" do PMDB seja apresentado pelo partido na disputa.

Em conversas informais, o PT não descarta brigar pela permanência de Tião Viana (PT-AC) no comando da Casa --mas admite que a estratégia poderá minar a votação da CPMF porque precisa do apoio do PMDB para a aprovação da matéria.





Fonte: Folha Online

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