PT teme novo blefe de Renan Calheiros
Desta vez, Renan responderá em plenário à denúncia de que se utilizou de laranjas para comprar duas rádios e um jornal em sociedade oculta com o usineiro João Lyra. Pelo acerto feito no Planalto, em troca da salvação do mandato, Renan renunciaria à presidência do Senado e uniria o PMDB em torno da aprovação da CPMF. O problema é que o PT já acreditou uma vez que, absolvido em plenário, Renan deixaria a presidência da Casa em definitivo.
Como penitência ao apoio inicial, a bancada do partido integrou-se ao movimento que forçou a licença do peemedebista. Por pressão do Planalto, o partido ameaça uma nova retirada e acena com mais um recuo.
A manobra governista traz grandes dificuldades para o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), um dos maiores símbolos do ziguezague petista. Com a promessa de afastar-se da presidência, feita por Renan, o senador paulista se absteve na primeira votação. Como Renan descumpriu o prometido, Mercadante acabou sofrendo grande desgaste, já que sua história política, marcada por discursos constantes em defesa da ética, não combinava com uma abstenção para salvar Renan.
Já o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) reafirmou que votará pela prorrogação da CPMF, mas ressalvou que não seguirá orientação para salvar Renan. ?Há uma palavra da líder Ideli Salvatti (SC) de que não haverá fechamento de questão. Cada um votará com a sua consciência?, disse o senador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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