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Politica Brasil
Sábado - 17 de Novembro de 2007 às 13:41

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O senador Edison Lobão (MA), que trocou o Democratas pelo PMDB no mês passado, é cotado como candidato à presidência do Senado. Ontem, Lobão disse que o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), aguarda apenas a votação do relatório que pede a cassação do seu mandato para anunciar a renúncia ao cargo. A votação no plenário deve acontecer quinta-feira.

Por enquanto, Calheiros aumenta as articulações para preservar o mandato, mas deve desistir de renovar por mais 45 dias o pedido de licença da presidência da Casa, que vencerá dia 26. "Resolvido isso, ele prontamente desistirá da presidência do Senado, continuando senador caso seja absolvido pelo plenário", explicou Lobão, que também já apareceu como possível indicado para assumir o Ministério de Minas e Energia.

Outros nomes estudados reservadamente pelo PMDB para suceder Calheiros são os de Garibaldi Alves (RN), Pedro Simon (RS) e José Sarney (AP). A preocupação é evitar que o PT ou partidos de oposição decidam entrar na corrida pelo comando do Senado.

Enquanto Sarney nega disposição de disputar o cargo, Simon é visto com reservas porque freqüentemente descumpre orientações partidárias nas votações. Só Garibaldi não sofre ressalvas, já que Lobão enfrenta resistências por estar há pouco tempo no partido.

Neste segundo julgamento no plenário, Calheiros é acusado de usar "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas. No primeiro, em setembro, foi absolvido de pagar, com dinheiro de uma empreiteira, pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha. Ele também se livrou da acusação de reverter dívida de R$ 100 milhões da Schincariol no INSS, mas ainda enfrenta outras duas representações: espionagem de senadores da oposição e elaboração de emenda que permitiu repasse de R$ 280 mil a empresa fantasma.

A disputa pela sucessão de Calheiros e a possibilidade de uma segunda absolvição no plenário do Senado são apontados por senadores de oposição e governistas como um complicador para a aprovação da prorrogação da CPMF até 2011.

Além disso, os votos dos partidos aliados não estão garantidos. A descoberta de uma grande jazida de petróleo na Bacia de Campos fez setores do PMDB começarem a exigir o Ministério de Minas e Energia em troca de votos favoráveis à CPMF. O partido tem a maior bancada no Senado, com 20 parlamentares, e deve votar dividido.

O PTB, que também pertence à base aliada, fará um ato de desagravo ao senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), afastado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) semana passada depois de anunciar que votaria contra a prorrogação da CPMF.

A oposição comemora. "No plenário eles não terão votos suficientes. E falta tempo para articulações que garantam essa unidade", disse o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).





Fonte: Folha Online

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