PF, MPE, MPF vão apurar denúncias de lavagem de dinheiro
A Polícia Federal e o Ministério Público Estadual e Federal irão apurar denúncia envolvendo uma seqüência de crimes, entre eles lavagem de dinheiro e propaganda eleitoral extemporânea, cometidos por políticos, candidatos, pela prefeitura de Várzea Grande e governo estadual. Os agentes estão envolvidos na organização de um bingo na cidade, cancelado por se enquadrar na legislação que coíbe jogos de azar no país.
A denúncia movida pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) teve como alvo bingo que seria realizado no feriado do dia 15. Promovido pela Associação de Moradores do Bairro Ipase, o evento contava com o apoio do governo, prefeitura, do senador Jayme Campos (DEM), os deputados estaduais Wallace Guimarães (DEM) e Maksuês Leite (PP) e o secretário de Serviços Públicos de Várzea Grande, Dito Louro (PSDB). Os três últimos citados são pré-candidatos a prefeito em 2008.
O acionamento à Polícia Federal e Ministério Público ocorreu no início da semana, a tempo do cancelamento do evento. Segundo o MCCE, uma série de faixas de divulgação chamou a atenção às irregularidades. O material de divulgação ainda incluía os nomes dos pré-candidatos a vereador no município Mateus Magalhães, presidente da associação e servidor da prefeitura, e Denise Baracat.
O advogado Vilson Nery, ligado ao MCCE, declara que da série de irregularidades, o suposto crime de lavagem de dinheiro com a captação de recursos pela venda de cartelas e distribuição de prêmios em dinheiro é o que mais chama a atenção. “Há casos em que o dinheiro é revertido, sem comprovação de origem e declaração no Imposto de Renda, é usado para a compra de votos, por exemplo. O Estado tem todo o interesse em coibir isso”, declara.
Comentários